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14 de setembro de 2019

ATO I TOMO I - Os Cavaleiros Anos 80

A tecnologia de Cristal fazia a Fortaleza do Terror de Crysalida se erguer autonomamente, como se emergisse do chão. Mas nem tudo era possível com os vírus-drones conceptores, que faziam uma muralha se erguer do silício da montanha apossada.

Ventanoso, o Mutante, erguia seu aparato de guerra, as lâminas de sua hélice-furacão. Com seu braço natural, segurava um cabo.



- MAIS PARA A ESQUERDA, MENTECAPTO! – A Rainha do Terror berrava de uma janela alguns andares abaixo. – Lauro, e agora?

- Consegui sincronizar o horizontal, mestra... – fala o bagre mutante ciborgue, embaixo do grande aparelho visionário da vilã, objeto essencial para espionar os heróis. – Mas acho que falta muito.... Não vamos poder fazer nada hoje...

- Eu não ACREDITO! – Urra a vilã furiosa. – Por causa da incompetência de vocês dois EU não vou aparecer nestes episódios!





Episódio 2: Nossa nova casa



No episódio anterior, após uma intensa luta contra Crystálida - O Terror de Cristal - e seus dois mutantes, os Cavaleiros Kenor, Turkko e Kutulo/Logan tomaram a embarcação misteriosa e resgataram a sua autoproclamada capitã "quase uma thundercat", Hon-sa, para si. Contundo, num impulso de manter o prêmio, a thunderiana levou a embarcação no modo submarino para longe da superfície.

 Sem ter o que fazer até voltarem a emergir, os Cavaleiros foram se assentar. Hon-sa informa que haviam dois quartos melhores, os dos oficiais, então ocupados por Dr. Lauro e Ventanoso. Também tinha a cabine privada de Crystálida, que nem a thunderiana ousava ir. A capitã, Workaólotra, se satisfazia com os aposentos pessoais de comando e a cadeira na estação de comando. Logan, destemido, decide investigar a cabine em teoria melhor.

Turkko e Kenor foram ver os quartos dos oficiais, no primeiro deque abaixo do comando, onde ficava o timão principal da nave – o qual Hon-sa falou que precisaria que algum dos dois aprendesse a usar, pois sem Ventanoso, precisariam de um timoneiro. Os quartos eram realmente bem amplos, mas, enquanto o de Ventanoso era surpreendentemente limpo, arejado, com música ambiente eclética, o do Dr. Lauro era um pântano, com uma cama de lama e fungos crescendo num canto escuro.

Turkko convence Kenor que ele seria o melhor para o “quarto pantanoso”. O honrado selvagem fica indefeso ante os argumentos. Enquanto os dois preparam-se para sua primeira noite, Kenor pede que Elak, o pequeno herculóide voador, aprendesse o que pudesse do novo “lar”.

Logan vê a porta da cabine de Crysálida. Ela vibrava anormalmente. Temendo armadilhas, ele invoca o nome – KUTULO – e assume sua forma demoníaca.

Confiando nas suas proteções edgelords, Kutulo abre a porta. Se depara com um holograma de uma mulher azul de cabelos brancos. Como o demônio não chegou a confrontar Crystálida em nenhuma de suas formas, ele não tinha como tentar reconhece-la.

- Cálculos terminados, mestra. Gostaria de saber as informações? – Falava o holograma. Aparentemente um I.A. rudimentar.

O pouco de tecnologia que Kutulo tinha fez ele conceber algo surpreendente: Chips com um pouco de silício alimentavam poderosos computadores. Aquele misterioso quarto era completamente coberto de cristais com runas luminosas. Se a proporção fosse próxima à da tecnologia eterniana, ele estava diante de um supercomputador cristalino inigualável.

- Eh... sim. – Kutulo não adianta nada.

O Holograma mostra uma imagem estática do planeta com números e caracteres em idioma alienígena.

- Estamos em Etérnia, aproximadamente 80 anos desde a incursão de Trolla com a Galáxia de Cristal. Em algum momento desta década, Etérnia terá sua incursão com Etéria.

 Kutulo dá os ombros, e olha ao redor. Acaba inadvertidamente fazendo ordens para a I.A. que pede uma senha.

- S... Senha?

Incapaz de fornecer uma senha, o computador percebe que era uma presença não-autorizada e começa um processo de autodestruição. Aqueles cristais começam a aparentemente derreter. Kutulo tenta apanhar um para salvar alguma informação. A temperatura era inacreditável. Felizmente, seu dom demoníaco o torna imune à queimadura, mas só pode ver quando todo aquela informação se torna pó, e espalha pelo ar, de formas desastrosas que ele não poderia conceber...

... E essa informação não vai aos colegas.

No meio da madrugada, Turkko e Kenor tiveram pesadelos.

O de Turkko é muito vívido. Ele estava num “espaço”, entre nebulosas com cores extravagantes. Ele via um planeta vermelho, brilhando com uma energia rubra e uma imagem holográfica de uma cabeça de gato rugir. Este planeta colide com um outro planeta negro, e é destruído.

Outro planeta, mais árido, estava em rota de colisão com um mundo verde. Do planeta árido, um raio de energia atinge o outro... Parecia que ia destruir seu “inimigo”, mas no último instante, o “raio” parou. Os dois planetas colidem e deixam de existir.

Um terceiro leva horror a Turkko. Era Trolla, seu mundo-natal. Ele estava numa rota similar com um mundo branco como gelo. Mas antes de colidir, o “Mundo de Gelo” parecia encolher e ficar superdenso, enquanto Trolla começa a vibrar e se tornar uma “nuvem”. Os dois cruzam e voltam ao normal, seguindo suas órbitas incólumes.

Então, Turkko olha para seus pés. Vê à grande distância, Etérnia. E pouco além dele, um outro mundo, em rota de colisão.

O Pesadelo de Kenor é mais traumático, e talvez por isso ele não conseguiu se lembrar ao acordar. Ele lembra de sentimentos abstratos. Dor. Medo. Angústia. De concreto, somente uma palavra misteriosa: “Tanatose”.

Os dois acordam com um alarme geral, e com as luzes todas oscilando. A voz da capitã Hon-sa nos autofalantes berra: “Alerta Vermelho. Todo o pessoal na Ponte de comando... sem pressa..., mas seria interessante se vocês...”

 O som morre. E toda a embarcação mergulha na escuridão.

 Episódio 3: Estrela da Bravura!


Kenor sabia se virar na escuridão, mesmo em um ambiente alienígena como o interior da nave.  Mas em pouco tempo, Turkko ressurge do quarto com uma tocha na forma de uma bunda de vagalume. Os dois correm para a ponte de comando. Logan deveria estar logo atrás deles – sua cabine é num convés ainda mais baixo.

Na cabine de comando, a única fonte de luz vinha da Engenharia, junto com sons de solda e marteladas. Eles viam os hoverbots autônomos que ainda estavam lá se desativarem e caírem ruidosamente.

Na engenharia, Hon-sa estava a armengar um grande “funil de metal”. A Nanoforja – uma enorme “impressora 3D” – apagava as suas luzes e tudo ficava no escuro fora a tocha-vagalume de Turkko.

- Boas notícias! – fala a capitã. – Consegui desviar o que restava da energia do suporte vital para fazer ISTO! – ela mostrava a estranha escultura. – As más notícias são, bem, a mesma.

O pensamento de estarem numa nave desativada e sem suporte de vida no fundo do oceano arrepia Kenor e Turkko.

- Crysálida fez alguma coisa... – explica a Thunderiana, com os companheiros percebendo-a cambaleante como se estivesse enfraquecida. – Estava transformando o Thundrilium que alimenta a nave em Tundrânium, que é tóxico... ao menos para mim. – Ela fala percebendo que os companheiros estavam bem – Precisei tirar tudo da thundersfera. Então, a não ser que nos próximos Quinze minutos o Rei dos Thundercats seja ameaçado, precisamos de energia para voltar à superfície.

Com Kutulo se juntando a eles, posicionam o cone – “Sifão de Poder”, como Hon-sa nomeou – onde ficava a Thundersfera. Turkko, Kutulo e o lagarto Elak são orientados a disparar suas fontes de energia por ele para alimentar brevemente a nave. Kenor foi ao timão, e ele precisaria subir o mais rápido possível, pois o Sifão era um “boost” remendado para emergência.

Felizmente os heróis conseguem restabelecer o suporte de vida nos deques específicos e acionar motores mínimos. Num esforço bruto, a nave volta a flutuar até a superfície antes de desativar tudo, mas agora tinham o ar natural. E a manhã que começava.

Hon-sa informa que precisaria coletar algumas horas de luz solar, e mesmo assim a nave não poderia dispor de poder de vôo ou submarino sem o Thundrilium. Mas tinha mapeado uma “cidade” nas proximidades antes de perderem os computadores. Kenor conhecia o local que estavam – próximos das “Badlands”. Não deveria ter cidade nenhuma por lá. Era um amplo deserto rochoso, esconderijo de malfeitores como Tex-hex e outros vilões de Novo Texas. Mas sem uma nova fonte de energia ou conhecimentos de navegação, o Nautilóide se tornou uma gigantesca boia no meio do oceano. Kutulo decide ficar e ajudar. Kenor deixa Glob para vigiar a capitã – quem ele ainda não confiava plenamente – e monta em Elak, para ir com Turkko atraz da tal cidade.

No caminho, os dois heróis ouvem disparos à distância. Decidem investigar.

Eles descobrem um grande grupo de homens-lobo, tangendo uma matilha de chacais em um cavaleiro em seu cavalo ciborgue... Ambos reconhecem o Xerife Marshal BRAVESTAR


Os dois voadores se unem ao Xerife. O herói não era nem de longe indefeso. Com sua Força do Urso, arremessava lobisomens uns nos outros sem dificuldade. Com os Olhos do Falcão, desarmava os vilões em uma sequência inumana de tiros. E com a Velocidade do Puma, ao descer de sua Montaria, ia imobilizando bandidos sem esforço. Mas ele parecia com problemas com os chacais, a quem parecia não querer machucar. A intervenção dos heróis foi providencial. Especialmente Kenor, Senhor das Feras, que conseguiu assumir uma posição de Alfa perante as criaturas e tira-las de conflito sem vias de fato.

Uma vez sem seu cavaleiro, o Cavalo se transfora num equino humanoide brutal, com uma espingarda de cano duplo intimidadora. Bastou para o bando de atacantes debandarem.

...

Kutulo auxilia o herculóide Glob a restaurar o último dos deques da Nautilóide ainda não liberado, e vê frustrado que era um deque pouco interessante, exceto pela “zona de bombardeio” no fundo do navio, onde ele encontra a última capsula de fuga. Informação importante, no caso de um abandono de navio.

Kutulo decide subir para auxiliar Hon-sa na reativação da Nanoforja ao menos, usando o Sifão do Poder. Ele queria um tridente. A ideia anima a capitã, mas a pressa dos dois em usar as chamas Edgelord acabam danificando criticamente a delicada maquinaria. O trabalho de Hon-sa acaba de DOBRAR.

Kutulo decide então voar à cidade indicada aos companheiros para conseguir peças.

...

Bravestarr e os heróis se apresentam formalmente. Diz que ele viu – com os “Olhos do Falcão” – quando a embarcação emergiu, e que tinha os relatos de Histmo para prender a tripulação pirata daquela nave. Mas que viu os bravos heróis não eram responsáveis pelo ataque do dia anterior. Mas não tinha certeza sobre a Capitã...

Kenor e Turkko comentam seus pesadelos da noite anterior. Bravestar mostra-se preocupado e até triste quando Turkko narra a colisão que tinha um “disparo”, mas não fala nada. Contudo, quando ele ouve a “Tanatose” mencionada por Kenor, fica genuinamente alerta. Decide que precisariam confabular com os heróis na Mina dos Wickets.


Episódio 4 – A Mãe dos Amaldiçoados


Bravestar e Trabuco guiam Kenor, Elak e Turkko a uma pequena fortaleza na encosta de uma montanha, cercada por um fosso, alimentado por um rio que movia o moinho. Ela era ocupada por Wickets – povos minúsculos com cabeças desproporcionalmente grandes. Famosos por Etérnia por minerar Coridita para os Mestres do Universo. Mas os prédios eram obviamente projetados para pessoas “mais altas”.

Chegando no templo, a sacerdotisa local – Irmã Moar – conta uma história.

No Tempo dos Antigos, o Rei Grayskul e seus Guerreiros combateu uma criatura mitológica, conhecida por alguns como “Medusa”, mas para outros como “A Rainha dos Malditos”. Ela teria INVENTADO as maldições como licantropia, vampirismo, e outras mazelas que aflige o universo até hoje.

Uma vez derrotada, os Antigos temiam que ela tivesse forma de voltar à vida...

- “Tanatose”. – observa Bravestar, lembrando o sonho de Kenor. Era a definição da característica de certas criaturas simular a morte em situações críticas.

... Por isso, eles esconderam o corpo da Rainha em um templo antigo, e ficou perdido por milênios... Até que os Wickets que assumiram aquela mina abandonada inadvertidamente reabriram a passagem.

Eles sabiamente não abriram a Tumba, mas a notícia da descoberta se espalhou, e fanáticos seguidores da Rainha dos Malditos juntaram um grande exército de Vampiros, lobisomens e outras criaturas. Bravestar estava buscando defesas para reforçar a mina. Conseguiu apoio tanto da sua tribo quanto da Guarda de Etérnia... contudo, levariam pelo menos um dia inteiro para chegarem...

... E aquela noite seria a última chance dos Seguidores da Rainha dos Malditos de invadir a tumba... E era uma noite de lua cheia. A pequena guarnição local de Wickets deveria encontrar meios de resistir.

Os heróis decidem que iriam ajudar Bravestar e os Wickets. Mas também comentam sobre seu Thundrilium contaminado, e descobrem que o mercado local fechou por causa da ameaça, mas um mascate que tinha chegado recentemente e poderia ajudar.

Os dois se surpreendem. Era Quarterhead, o taberneiro que teve o estabelecimento comercial destruído supostamente pelo ataque de Crysálida (na verdade pelo descaso de Kutulo com sua transformação). Ele decidiu pela carreira de mercador viajante, e comenta nutrir ódio por quem destruiu sua taberna.

Acompanhando-o, estava um guarda-costas contratado. Era um homem de pele azul profundo, cavanhaque, unhas negras, mascando uma folhinha delgada e carregando um chumaço delas, e se apresentava como “O Andarilho”. Ele olha com deboche para os heróis.

Quarterhead mostra aos heróis – com seu repugnante ato de "desacoplar" um quarto de sua cabeça-ciborgue para ceder seu olho cibernético microscópico – para mostrar que pequenos “vírus” de cristal estavam mudando as propriedades do cristal. Também informou a diferença entre o Thundrilium e a Coridita, que tanto eles quanto Hon-sa não sabiam distinguir. Thundrilium era uma fonte de energia, enquanto Coridita ampliava um poder já existente. Ele explica que mesmo He-man usava Coridita para ampliar ainda mais sua prodigiosa força.

Quarterhead dá duas opções ao grupo: Ele poderia polir aquele Thundrilium contaminado, mas isso consumiria pelo menos metade, se não mais. A segunda alternativa era procurar um alquimista que pudesse reverter a transformação.

Quanto ao caso mais urgente, ele tinha esperança que o Andarilho – a quem ele demonstra saber ser muito poderoso – ajudasse Bravestarr a proteger a cidade. Contudo, o misterioso homem azul alega que não estava no “negócio de herói”. E alega que nenhum valor o faria ser um herói. Ele tinha um contrato de proteção ao mascate, e mesmo este ele poderia rescindir se ficasse “inviável”. O Andarilho deixa o mercado. Quarterhead comenta com os heróis que sabia que apesar da fachada, ele tinha um “bom coração”, e pede que os heróis apelem um pouco mais.

Kutulo pousa antes de chegar à mina e reverte a sua forma humana de Logan. Ele cruza caminho com o Andarilho, que o observa com desconfortável interesse. Ele atira em Logan uma daquelas ervas mascada. O herói não se abalou.

Andarilho toma a liberdade de explicar-se. Ele diz que via “algo interessante” no Logan. Diferente dos “bonzinhos” que estavam até então na cidade. E que a erva era “Wolf’s Bane”. Ele queria ter certeza que não era um espião lobisomem que estava ameaçando atacar a cidade.

Com isso, ele despeja as ervas que estava mastigando até então nas águas do fosso.

- Isso vai ajudar a afugentar os lobos. – Comenta ele. – E é toda a ajuda que esses bonzinhos vão conseguir de mim.

A conversa é interrompida por Turkko, que decide tentar apelar ao Andarilho como Quarterhead falou. A presença de “um bonzinho” desagradava o homem. Mas com a presença do aliado Logan, Turkko comete um erro, e fala o segredo da Tumba. Andarilho decide voltar á cidade.

-> o TOMO II Está no ar!
https://dragaodeplutonio.blogspot.com/2019/09/ato-1-tomo-iii-os-cavaleiros-anos-80.html

-> Leia o Episódio-piloto que deu origem à série!
https://dragaodeplutonio.blogspot.com/2019/07/ato-i-tomo-0-os-cavaleiros-80.html

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