Original: 15 de Abril de 2008.
Imagine uma missão.
Nela, temos três jogadores: Radar, Haquear e Negociar.
Radar é um especialista em rastreamento. Ele está sempre atento a qualquer movimento suspeito.
Haqquear é mestre em programação e robótica. Ele pode hackear sistemas complexos, manipular informações e se infiltrar em redes de segurança.
Negociar, por sua vez, é um gênio da diplomacia. Com sua habilidade de negociação, convence até as mentes mais difíceis.
Além desses três jogadores, há dois personagens não-jogáveis (NPCs): Panaca e Pancada.
Panaca é o narrador da história. Extremamente inteligente, ele conduz o enredo.
Pancada? Ele é o especialista em combate físico, o "Mestre da Força Bruta", e resolve as coisas de maneira direta.
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A ação começa: a missão é encontrar os Pergaminhos do Poder antes dos vilões. Os heróis estão prontos.
Radar usa suas habilidades para rastrear qualquer movimentação suspeita. As chances de sucesso são baixas, mas ele tenta.
Haqquear se infiltra nas redes neurais de robôs espalhados pelo mundo, aumentando as chances de sucesso, embora ainda não sejam garantidas.
Negociar parte para o submundo, usando sua diplomacia para coletar informações valiosas de qualquer um que possa ter tido contato com os pergaminhos.
Mas Panaca interrompe: "Se eu fosse um vilão que escondeu esses pergaminhos, eu os colocaria... aqui."
"Aqui" é o Deserto de Muitograndepracaraahara. Os heróis largam suas tentativas e seguem para o deserto, guiados pela intuição de Panaca.
Em um ponto aleatório, encontram... nada.
“Se eu fosse um vilão,” insiste Panaca, refletindo mais uma vez, “eu esconderia a fortaleza invisível aqui... mas deixaria um único ponto fraco. Pancada, bata onde eu estou apontando!”
Sem pensar duas vezes, Pancada obedece. Seu soco certeiro atinge a única fraqueza do campo de proteção invisível, revelando uma fortaleza oculta.
Os heróis ficam boquiabertos, enquanto na realidade eles bocejam, sem conseguir acreditar no quão previsível isso foi.
– Achamos a fortaleza! – comemora Radar. – Mas com certeza haverá inimigos. Vou usar meus sensores para garantir que não sejamos pegos de surpresa.
– Certo – responde o narrador, quase rindo.
– Falo sério. Se algo entrar no meu campo de detecção, teremos quatro rodadas para nos preparar.
– Claro, claro – confirma o narrador, agora mais sarcástico.
– Então... o que aconteceu? – pergunta Radar, esperando o próximo passo.
– Vocês foram surpreendidos.
Sem aviso, um exército de oponentes mecânicos aparece. Eles pegam todos desprevenidos, exceto, claro, Panaca e Pancada, cujas habilidades de prontidão nunca falham.
– São robôs? – pergunta Haquear, já se preparando para hackear.
– Sim, robôs super avançados.
– Eles estão perdidos. Eu desativo todos.
– Ah... eu disse robôs? Na verdade, são ciborgues – corrige rapidamente o narrador. – Eles têm cérebros humanos, então não podem ser completamente desativados.
– Certo. Então eu desativo só a parte mecânica deles.
– Hm... pensando bem, eles não são ciborgues também. São… pessoas cunzas.
– O QUÊ?!
– Sim. São guerreiros com armaduras, não afetam seus poderes de hacking.
Haqquear, frustrado, resmunga e decide atacar de outra forma, enquanto Negociar toma a dianteira:
– Já que são pessoas, vou usar minha diplomacia para convencê-los a se render.
– Você está brincando, né? – responde o narrador, incrédulo.
– Sério, se eles têm qualquer nível de consciência, eu posso convencê-los.
– Na verdade, eles são macacos, não! Zumbis! … MACACOS ZUMBIS mas com tecnologia avançada. Então, apesar de não serem muito racionais, ainda sabem atirar. Não como se Algum Vilão Menos Bobo fosse aparecer.
Os três heróis aceitam a situação, recuando e disparando contra os inimigos em uma tentativa de se manterem relevantes, enquanto aguardam uma reviravolta mais emocionante.
De repente, sem que ninguém perceba, o temido vilão AVMB surge ao lado de Pancada, e os dois iniciam um combate intenso.
– O vilão! – comemora Radar. – Finalmente, algo que vale a pena lutar!
– Não tão rápido – diz Panaca. – Seu objetivo continua sendo lidar com os oponentes menores. Pancada e eu cuidamos do AVMB.
– Que absurdo! – exclama Haquear. – Eu vou atacar o AVMB!
Mas AVMB, no meio da batalha com Pancada, vira-se de repente, ataca Haquear com um golpe devastador, e então retorna à sua luta como se nada tivesse acontecido.
– Morri?! – grita Haquear, perplexo.
– Lamento, Haquear. Alguém mais quer tentar algo?
Negociar e Radar trocam olhares.
– Acho que vamos continuar com os inimigos menores... – responde Negociar, resignado.
Eles seguem atirando nos oponentes, enquanto Pancada derrota AVMB de forma espetacular. Logo em seguida, Panaca encontra os Pergaminhos do Poder, salvando o dia mais uma vez.
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Fim de missão.
– Eu leio os pergaminhos. – arrisca Radar, tentando fazer algo diferente.
– Não – interrompe Panaca. – Eu já sabia que você faria isso. Troquei os pergaminhos, peguei uma moto, li tudo, e impedi a profecia maligna. Missão cumprida.
Silêncio.
– Eu... Vou ligar para... – começa Negociar, tentando pensar em um plano.
– Não precisa – Panaca o interrompe de novo. – Pancada já resolveu tudo. Mais uma vez, o mundo agradece pelos serviços prestados. Todos vocês ganham experiência, mas Panaca e Pancada sobem cinco níveis, porque eles fizeram tudo.
– ...
– ...
– ...
– Eh... acabou a sessão? – pergunta Haquear, com o silêncio constrangedor, sem mais o que fazer.
– Vocês achavam que sim, mas o AVMB ainda estava vivo, criou um novo plano, e quase conquistou o mundo. Mais uma vez, Panaca e Pancada salvaram o dia. O que vocês esperavam, parados na base?
– Eu... Bem… Macacos. Ataco os macacos zumbis / inimigos menores. – diz Haquear, sem alternativas.
– Nós também. – concordam Radar e Negociar.
– Muito bem, ganharam XP – finaliza o narrador
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