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19 de setembro de 2024

Um ombro amigo

 
- Armadura pesada?
- Hai.



- "Motivo" de um animal?
- Hai. Mas na minha terra isso até que é bem...


- Soldado do seu lar? Fanático por guerras?
- Hai.


- Usa uma arma enorme? 
- Hai.


- Tática prioritária é proteger, fortalecer e curar os companheiros?
- Hai.


- Faz planos de como derrubar os inimigos com planejamento, mas sempre parece que os vilões são oniscientes e já estavam cobrindo as suas supostas brechas com algum poder que não teria como você antever?
- H...Hai.


- Não consegue intimidar seus oponentes mais medíocres porque a motivação deles é mais importante que a sua?
- Hai.


- Teve um animal tirado de você por maquinações além de seu controle?
- Hai.


- E a FORÇA DO ALÉM insinua que a culpa foi sua porque haveria uma forma de mantê-lo, mas  seria irrealístico ou no mínimo desnecessariamente arriscado seguir com apenas "fé" que ele retornaria para você?
- Isso foi assustadoramente específico... Mas Hai.

- No final, recapitulando tudo, sua jornada foi promissora mas terminou frustrante e sem significado?
- Podemos ... só... beber?


- Tudo certo, cumpadi.



18 de setembro de 2024

Tabaxi - para D&D 2024 5e

 Ps: Até o presente momento não foi incluido os Tabaxi no material da atualização 2024 /D&D 5.5. Eu fiz de mão própria.


Tabaxi 


Os Tabaxi são seres felinos ágeis e curiosos, conhecidos por sua inquieta necessidade de explorar o mundo. Eles vêm de terras distantes e exóticas, com uma cultura rica em histórias, música e exploração. Cada Tabaxi sente um desejo inato de descobrir, coletar conhecimento e experimentar o desconhecido. Esse desejo é conhecido como Curiosidade – a força que os impulsiona a viajar para lugares novos, buscar tesouros raros e desvendar mistérios ocultos.


Aparência 


Tabaxi possuem traços felinos, com o corpo coberto por pelos curtos e macios que variam em cor e padrão, indo de manchas a listras, como os grandes felinos. Suas orelhas são pontudas e móveis, seus olhos brilham com tons vibrantes e suas garras afiadas são tanto ferramentas quanto armas. Muitos Tabaxi se assemelham a leopardos, jaguares, guepardos ou leões, e sua aparência pode variar de forma impressionante, refletindo sua diversidade.


Traços de Espécie 


Como um Tabaxi, você possui os seguintes traços:


Tipo de Criatura. Você é um Humanoide.


Tamanho. Você pode escolher ser Pequeno ou Médio.


Deslocamento. Seu deslocamento base é de 9 metros (30 pés).


Agilidade Felina. Em seu turno, você pode mover-se com uma velocidade dobrada. Uma vez que use esse traço, você não poderá utilizá-lo novamente até que passe um turno sem se mover.


Garras. Você pode usar suas garras afiadas como armas naturais. Seus ataques desarmados podem causar 1d6 de dano cortante, em vez do dano normal.


Visão no Escuro. Você enxerga em condições de pouca luz a até 18 metros (60 pés) como se fosse luz plena, e na escuridão como se fosse penumbra. Você não consegue discernir cores na escuridão, apenas tons de cinza.


Instinto de Caçador. Você possui proficiência na perícia Percepção ou Furtividade (escolha uma ao criar seu personagem).


Idiomas. Você pode falar, ler e escrever Comum e um idioma adicional de sua escolha.


Cultura Tabaxi 


Os Tabaxi vêm de sociedades que se concentram em contar histórias, buscar conhecimento e explorar o mundo ao redor. Eles são conhecidos por suas crônicas, detalhando terras exóticas e povos distantes. Para um Tabaxi, a vida é uma jornada, e o maior tesouro de todos é o conhecimento adquirido ao longo dessa jornada. Como resultado, muitos Tabaxi podem ser encontrados em aventuras, seja como mercadores, bardos, ou até mesmo em busca de artefatos antigos.


Os Tabaxi também têm uma relação especial com a natureza, entendendo o equilíbrio entre predador e presa, e muitos se destacam como exploradores ou guardiões de terras selvagens. Eles são criaturas ágeis, astutas e cheias de curiosidade, sempre prontos para seguir o próximo grande mistério.



Xitarr'0


 Xitarr'o era um aventureiro curioso desde que se entendia por gente. Seus passos ágeis o levavam para terras distantes, e sua mente inquieta ansiava por novos horizontes. Mas, um dia, em meio a uma de suas tantas jornadas, ele embarcou em um navio que prometia levá-lo para um reino além-mar, cheio de mistérios e riquezas.


Mal sabia ele que a viagem seria sua grande transformação.


Uma terrível tempestade se formou, tão repentina quanto violenta, e o navio foi partido ao meio pelas ondas implacáveis. Xitarr'o, que sempre confiou mais em sua velocidade do que em sua habilidade de nadar (ou a total falta dela), foi lançado ao mar. Em meio ao caos, ele se agarrou a um pedaço de madeira e deixou as águas o levarem para onde bem quisessem.


Acordou, dias depois, em uma ilha pequena e deserta, com palmeiras balançando ao vento e o som distante das ondas quebrando nas pedras. Ele se sentia aliviado por estar vivo, mas logo percebeu um problema fundamental: não havia como sair. Ao olhar para o horizonte, a costa era visível, mas parecia impossível para ele alcançar. Afinal, ele não sabia nadar. Tentativas de entrar na água resultavam em pânico e muito espirro de água salgada.


E assim começou a vida de Xitarr'o como um ermitão exótico, como a aldeia costeira mais próxima viria a chamá-lo.


Os Anos de Silêncio 


Nos primeiros dias, a ilha era um tormento para Xitarr'o. Ele caçava pequenos caranguejos e procurava frutas, mas logo descobriu que seus maiores inimigos não eram a fome ou a sede, mas a solidão e o tédio. E, para piorar, ele precisava de pássaros para garantir suas refeições mais generosas.


Com o tempo, ele desenvolveu uma técnica única: sentava-se imóvel, por horas a fio, até que os pássaros pousassem, confiantes de que ele era apenas mais uma rocha ou árvore. Isso exigia uma paciência absurda, algo que Xitarr'o nunca teve em excesso. No entanto, ele aprendeu a respirar devagar, a acalmar a mente e a encontrar um foco interno, uma paz que ele jamais havia sentido antes. Aos poucos, ele percebeu que estava meditando – canalizando um poder que não sabia que possuía.


Aquele estado de tranquilidade passou a ser um refúgio em meio à monotonia da ilha. Ele não estava mais apenas esperando os pássaros; estava esperando por algo mais. Com o passar dos anos, o que começou como um truque de sobrevivência se tornou um caminho espiritual. Ele não era mais o mesmo aventureiro inquieto; estava se transformando em algo mais profundo, mais centrado.


O Encontro Surpreendente 


No quinto ano de seu isolamento, algo estranho aconteceu.


Certa manhã, enquanto Xitarr'o estava em sua habitual postura meditativa, ele ouviu passos na água. Lentamente, abriu os olhos, imaginando que algum grande animal estivesse vindo em sua direção, mas, para sua surpresa, viu um homem, um pescador local, caminhando calmamente com a água batendo nos tornozelos.


O homem olhou para ele com uma expressão meio confusa, meio divertida. “Então você é o ermitão exótico que o pessoal da aldeia fala tanto?”, perguntou o pescador.


Xitarr'o piscou, tentando processar o que estava vendo. O pescador continuou: “Há anos falamos de você. Um sujeito felino que vive sozinho nesta ilha... Mas nunca entendi por que você nunca veio até a aldeia. É só uma caminhada de algumas horas.”


Xitarr'o, ainda incrédulo, olhou para a água ao redor da ilha. Sempre pensou que era fundo demais para atravessar. Ele não sabia nadar, afinal! Mas, ao se levantar e colocar uma pata na água, percebeu que a profundidade mal passava dos joelhos.


O pescador sorriu. "Você nunca tentou?"


Xitarr'o riu, uma risada que começou tímida e se transformou em uma gargalhada profunda. Cinco anos. Cinco anos de meditação, foco e sobrevivência… quando tudo o que ele precisava fazer era caminhar.


O Caminho Continua 


Xitarr'o deixou a ilha naquela tarde, com um novo propósito e uma nova visão de si mesmo. Ele não lamentava os anos de isolamento; afinal, foi ali que ele encontrou a paz interior e o caminho do monge. Mas a lição mais importante que aprendeu? Às vezes, a resposta está mais perto e é mais simples do que imaginamos – e o verdadeiro obstáculo pode estar apenas em nossa mente.


Agora, ele estava pronto para o mundo novamente, mas dessa vez, com o coração calmo como a superfície da água que nunca ousou atravessar.



8 de setembro de 2024

O Sentinela, o General, e o Espião Argentino


Imagine a cena: um soldado brasileiro, de farda impecável, guarda um posto avançado em meio à selva. A brisa suave balança as árvores e o som distante de passos na mata faz com que ele fique alerta. De repente, surge o general. O soldado reconhece a farda, a postura, o olhar firme — é o próprio comandante! Ou será?

À medida que o general se aproxima, algo parece... fora do lugar. O soldado não sabe dizer de imediato o que é, mas a sensação incômoda de que algo está errado o consome. O olhar treinado começa a buscar detalhes. A farda está um pouco desalinhada, os botões não fecham de maneira tão perfeita quanto deveriam. E então, o general abre a boca e solta: "¡Hola, muchacho!"

Pronto. O alarme soa na mente do sentinela. O general jamais falaria espanhol! Estamos em guerra com os argentinos, por Deus! O soldado, agora com os sentidos aguçados, pede a senha — e o "general" hesita, tropeça nas palavras, e falha miseravelmente em responder. 

Nesse momento, a verdade surge clara: o homem à sua frente pode ser idêntico ao general, mas é um impostor! Um espião argentino tentando infiltrar-se entre as tropas brasileiras. Por sorte, o sentinela percebeu as sutis diferenças antes que fosse tarde demais.

## Quando Magia e Metamorfas Estão à Solta

Agora, imagine um mundo de fantasia onde a realidade é ainda mais traiçoeira. Magos poderosos, metamorfos sorrateiros, e ilusionistas hábeis conseguem, com um estalar de dedos, assumir a forma perfeita de qualquer pessoa. Nestes cenários, a desconfiança é mais que uma virtude: é uma necessidade de sobrevivência. Mesmo o espião mais talentoso, com a habilidade mágica de se transformar em cópia exata de seu alvo, corre o risco de ser desmascarado por detalhes mínimos.

Afinal, há sempre pequenos sinais a serem observados — desde um uniforme mal ajustado até uma expressão corporal levemente deslocada. E, claro, se a magia estiver envolvida, é provável que existam contramedidas mágicas. Uma poção reveladora aqui, um amuleto de proteção ali... Toda boa defesa contra espiões precisa levar em conta esses elementos fantásticos. 

Portanto, não basta se parecer com o general. O infiltrador precisa agir como o general, falar como o general, e principalmente, saber coisas que só o verdadeiro general saberia. Nada escapa ao olhar atento de um soldado que já viu de tudo.

## Exércitos Preparados Versus Goblins Ingênuos

Mas nem todos os povos têm essa capacidade de detecção. Em lugares onde os recursos são mais limitados ou onde a magia não é tão desenvolvida, é muito mais fácil enganar. Imagine, por exemplo, uma tribo de goblins, vivendo em suas cavernas escuras. Para eles, alguém que chega com uma capa brilhante e fala algumas palavras estranhas pode facilmente ser confundido com um deus. Eles não têm os mesmos níveis de desconfiança ou recursos para verificar identidades.

Diferente de um exército organizado, com protocolos de segurança e artefatos mágicos à disposição, os goblins são mais suscetíveis a acreditar no que veem — especialmente se o disfarce brilha ou tem qualquer aparência de poder místico. O que para um soldado bem treinado seria uma falha gritante, para um goblin pode ser um sinal divino.

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