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14 de setembro de 2019

ATO 1 TOMO II - Os Cavaleiros Anos '80

Episódio 5: Espíritos do Mal




Bravestarr estava dividido entre proteger a passagem e os inocentes. Alega estar incapaz de decidir entre uma ou outra, por isso deixa que os heróis preparem as defesas da mina. Quarterhead fala que estaria ocupado com a lapidação de Thundrilium, que ocuparia a tarde inteira. Kenor lembrou que aquela mina tinha "coridita", e talvez Hon-sa pudesse usar para energizar Nautilóide, que seria um excelente reforço. Bravestarr pede que ele procure o prefeito, que talvez ceda a coridita.

Procurando o prefeito nas minas, os cavaleiros encontram-o entre alguns guardas adormecidos. Alguém tinha invadido a Tumba da Rainha dos Malditos!

Não havia sinais de luta, o que descartava os lobisomens, e como era dia, gárgulas e vampiros não poderiam ter feito aquilo. Turkko lembra que o Andarilho parecia suspeito quando ele falou do mistério da Rainha dos Malditos... e o prefeito repreende por ter contado do segredo a um estranho não-validado por Bravestarr.

Kenor e Turkko pedem para irem confrontar o Andarilho, enquanto Logan ia levar Coridita de volta ao Nautilóid. O prefeito parecia incomodado. A coridita era importante para os Wickets... mas naquele momento de desespero, decide concordar... Contudo, não deixa mais ninguém entrar na tumba proibida.

Quando o prefeito e Logan se afastam, Turkko e Kenor decidem caçar o invasor. Os pequenos guardas que ficaram não tinham como deter os dois voadores, e eles mesmos não ousavam entrar.

...

O prefeito leva Logan á prefeitura. Abre o cofre, e revela seu único cristal de Coridita – pouco maior que um punho de Wicket. Mas deveria servir. Ele repara que Logan não tinha transporte – ele não se mostrou como um demônio alado – então permite que ele pegue o Estranho Trenó Aéreo que surgiu na cidade. Alerta que ele só funciona “às vezes”.

...

Logan decide levar o veículo. Parte para não levantar suspeita, parte torcendo que o veículo fosse mais rápido que ele mesmo. Fora da cidade, ele se transforma em Kutulo e tenta acionar a nave. Ela “Recusa”. Novamente, seu pouco conhecimento mecânico não vê nada errado mecanicamente com a nave, fora um símbolo estranho na lataria.

Então, em sua cabeça caótica, ele poderia “fazê-la funcionar” ateando seu fogo infernal Edgelord em seu sistema de energia.

A idéia acaba tendo consequências inesperadas.

A Nave interpreta aquilo como um ataque, dá um “cavalo-de-pau” inesperado, e aponta seu armamento para o demônio.

Após um tempo de hesitação, o “Trenó” decide que já foi desmascarado.

Com um som mecânico, ela começa a se TRANSFORMAR. Era um robô em disfarce, e com uma arma enorme.

Kutulo, crendo que estava em desvantagem, viu no rio que alimentava o fosso da cidade sua escapatória. Ele mergulha sob fogo pesado do autônomo, chegando a ser atingido pelas costas. Com sua capacidade de sobreviver sem ar, ele nada o mais longe possível, e percebe que despistou – o perdeu – o robô disfarçado.

Agora, era voar humilhado e ferido de volta a Hon-sa.

...

Turkko e Kenor zanzam pelo labirinto das minas, e eventualmente encontram a entrada escancarada. Em um idioma semi-universal, havia o aviso: “Deixe a Rainha dormir”.

Os dois entram no que parecia um Templo em honra de heróis e sacerdotes que lutaram contra a criatura. No fim da sala, um altar, com uma enorme estátua de mármore de medusa de 9 metros de comprimento, erguendo uma espada nas mãos. O Andarilho estava lá, observando com interesse.

Os heróis decidem conversar. Andarilho também não levanta hostilidades, mas fala que ele tinha interesse na “rainha”. Ele teve muitos “Professores” que não o satisfaziam. E conjecturava se a Rainha dos malditos seria um diferente... Um diferente tipo de “Mau”.

Os heróis se arrepiam com a alegação do Andarilho. Turkko decide tentar desviar o interesse dele comentando a existência de uma “Outra mestra do Mau”. Crysálida. Ele desperta um sutil interesse do Andarilho, mas não o bastante para ele tentar resolver a “charada” que abriria o templo da Rainha.

Uma armadilha é ativada. A porta começa a se fechar e um gás sufocante começa a ser liberado. Kenor detém o Andarilho, enquanto Turkko corre para impedir o fechamento da porta – e consegue com sua mágica. “Se não me deixar terminar de decifrar, nós todos sufocaremos!" – O Andarilho fala. Hesitante, Kenor permite.

O Andarilho cobre os buracos que emitiam o gás com as esmeraldas que adornavam os olhos da estátua. O gás para, e a estátua cede para o lado, mostrando um caixão de pedra no fundo, e uma escada para o Oeste.

- Não se preocupe... é pequeno demais para a ser a Rainha. – Andarilho fala, mas energizando uma de suas mãos.

 Apesar de ter detido a porta, Turkko permaneceu na entrada do templo. O Andarilho alerta que um “guardião” estava despertando... era um Espectro. “Se sua varetinha não for mágica, melhor nem tentar”, alerta o Andarilho para Kenor, observando sua lança explosiva. Turkko decide lançar uma bola de fogo mágica no espectro, mas atinge Kenor nas costas, ao invés do inimigo.

O espectro, um enorme vulto negro com mortalha, revelando apenas uma mão de esqueleto com uma sinistra foice espectral, avança sobre os heróis. Não fere Kenor, mas sua mera presença o arrepia. Andarilho e os heróis fazem uma breve aliança para poderem sobreviver ao oponente.

Apenas ataques mágicos faziam qualquer dano ao Espectro. Turkko decide tornar a arma de Kenor mágica para ele poder ajudar, mas isso expõe os heróis. Andarilho decide fazer algo que ele parecia não querer: Derruba uma pirâmide em miniatura aos pés do espectro e faz uma invocação sinistra.

Turkko reconhece a pirâmide e a invocação. Eram os Espíritos do Mau. Eram a fonte de poder de MUM-HA, O De Vida Eterna, um dos maiores males do Terceiro Mundo.

O Espectro é sugado para dentro da pirâmide. Quando o ritual termina, Kenor tenta nocautear o Andarinho de costas, o que só o deixa irritado. Mas ele se controla e não revida, só apanha a pequena pirâmide e recolhe. Ele informa que ele é um “estudioso do mau”, e teve diversos mestres, Mum-ha é apenas um deles. Diz que não encontrou em nenhum deles algo que o satisfizesse, e que a Rainha poderia ser “diferente”. Turkko novamente aponta-o na direção de Crysálda, enquanto Kenor apela para que deixe isso.

Andarilho parece concordar. Promete não tentar chegar à Rainha enquanto os “Bonzinhos” estivessem ocupados com a defesa da mina. Eles “resolveriam” o impasse outro dia. E concorda em sair. Mas lembra a Kenor que ele atacou pelas costas... Keldor Junior.

Aquele era o verdadeiro nome do Andarilho? “Keldor” – Kenor lembra - era um nome de nobreza, mas uma nobreza proibida pelo Rei Randor...

...

Kutulo chega no Nautilóide. Demorou mais do que esperava devido ao ferimento que sofreu com o misterioso robô em disfarce. Mas embora Hon-sa parecesse preocupada, ele não contou de seus infortúnios. Ela recebe a Coridita e percebe que apesar da aparência, suas aplicações eram diferentes. Seria mais conveniente se o Rei dos Thundercats fosse ameaçado para ela sifonar o Poder do Olho de Thundera na thundersfera...

Também ouve da ameaça à cidade mineradora, e concorda que precisariam ajuda-los. Com a energia solar que angariaram ao longo do dia ampliados com Coridita, poderia fazer a nave voar... Mas talvez os heróis precisassem de “mais” que isso...

Hon-sa decide dar “uma pista” para a Patrulha Galáctica. Estaria se expondo às autoridades, mas, com alguma sorte, um Campeão viria investigar, e seria “obrigado” a ajudar.

...

Kutulo, já com a lua aparecendo, chega e decide aproveitar sua aparência para se misturar no exército dos malditos. E consegue com sucesso se passar por um deles. Estava entre lobisomens, minotauros, gárgulas e vampiros, reunindo suas forças para atacar. Eram muito mais numerosos que os que ficaram na cidade.

Kutulo, contudo, abusa de sua boa sorte e tenta se “assenhorar” do exército, expondo-se aos Vampiros – dois gêmeos sinistros. Eles instigam o demônio a “assumir o comando”. Kutulo confiante, começa a elaborar manobras protelatórias, mas, assim que dá as costas aos gêmeos, é atacado pelo toque vampírico dos dois irmãos.

Felizmente, seu vigor sobrenatural o garante o suficiente para tentar se afastar voando. Mas os vampiros demonstram que podiam voar também, e melhor que o demônio.

A agitação provoca os lobisomens e os Minotauros... Que partem ao ATAQUE!


Episódio 6 – A Defesa da Fortaleza

A noite caíra há algum tempo. Os autônomos confirmam que a Polícia Galáctica recebeu a mensagem, talvez isso ajudasse. E a Nautilóide já estava pronta para voar.

Mas já tinha se passado muito tempo... Hon-sa teme pelos companheiros.

...

Antes de invadir a tumba da Rainha dos Malditos atrás do Andarilho, os heróis haviam instruído como fazer a defesa. Precisaram derrubar uma das pontes levadiças para concentrar a defesa em um único ponto. Optaram por colocar os arqueiros do lado de dentro das muralhas, deixando a defesa externa aos cuidados de Trabuco, o ciber-companheiro de Bravestarr. Colocaram armadilhas com ponta de prata na entrada restante, e a infantaria foi recuada à porta da mina, que seria um último reduto.

A Marcha dos Malditos já havia começado quando os heróis emergiram das minas. Às pressas, eles tomaram suas posições na muralha. Viam que Kutulo estava no meio da força invasora, sendo perseguido por dois vampiros. Quatro minotauros da retaguarda começam uma temerária investida como uma manada irrefreável. Lobsomens ocupavam quase que todo o campo de batalha, alguns sendo inclusive atropelados pelos Minotauros, mas seus números eram assustadores mesmo com os eventuais atropelamentos...

 Antes das colisão dos dois grupos, Bravestar salta a muralha para o confronto do lado de fora. Gárgulas sobrevoavam como um esquadrão e a cada passagem uma se desgarrava com um ataque “meteoro” que quase abateu Kenor, levando-o a confrontar o monstro em solo.

E então, uma coluna de luz. Os céus se abrem, e um ser é teleportado em “super-heroe landing”, ao lado de Bravestar.

Ele possuía olhos amendoados, um afro cheio. Bravestar reconhece-o como um Patrulheiro Galáctico e avisa que se os amaldiçoados tomassem a cidade, um mal de nível planetário seria libertado, e isso colocava a guerra na jurisdição da Guarda Galáctica.

Concordando, o patrulheiro Kenjiro Miname do planeta Bloch inicia sua sequência de transformação, com um surpreendente reforço na forma Reiser-armor do PATRULHEIRO GALÁTICO GUNGAIVER!

Os irmãos vampiros decidiram desistir de sua caça ao Kutulo, percebendo que o patrulheiro galáctico e o xerife eram a maior ameaça ao seu ataque. Livre da perseguição, Kutulo desce para o solo, querendo testar sua força aos Minotauros. Apesar de muito maiores e mais brutos, o demônio mostrou-se superior, e permaneceu na luta pessoal, detendo alguns dos monstros que compunham a infantaria pesada.

Os primeiros licantropos a alcançar o fosso mergulham nas águas previamente tratadas pelo Andarilho, e queimam com o Wolf’s bane despejado mais cedo. Aquela unidade se espalha e debanda, mas as demais aprendem a lição, e concentram sua investida na última ponte levadiça, que era o plano dos heróis o tempo inteiro.

Trabuco e Turkko atacavam á distância a infantaria leve, que era flanqueada pelo Xerife e pelo Patrulheiro com sua Colt Magnum. A muralha estava bem defendida, limitando as ameaças imediatas aos ataques das gárgulas, que vez por outra forçavam Kenor a recuar para detê-las, e levavam um ou outro prédio em seu mergulho-meteórico.

Na confusão, todos viram que o Andarilho fugiu, levando o baú que continha o Thundrilium contaminado que Quarterhead estava lapidando. Os heróis se viram frustrados enquanto perdiam o combustível que vieram originalmente reaproveitar.

No calor da batalha, um dos mineiros na retaguarda corre para avisar que um Minotauro tinha se esgueirado na cidade e invadido a mina proibida. E pouco depois, um gigante de gelo de 30 metros surge no campo de batalha, marchando poderoso contra as muralhas.

Os lobisomens foram bem enfraquecidos com a longa batalha e as armadilhas, mas eles já percebiam meios de contornar as proteções. Era uma questão de tempo até que a luta cruzasse as muralhas... Quando do horizonte uma gritaria aguda de guerra é ouvida. O Nautilóid estava nos céus, e trazia em suas balestras uma multidão de nativos. Era a Tribo de Bravestarr, que a capitã Hon-sa encontrou no caminho e deu carona.

Num último esforço antes da chegada dos reforços, Turkko e Kutulo concentraram ataques de chamas e Hellfire que praticamente neutralizaram o gigante do gelo, que teve seu corpo estraçalhado por um dos membros da tribo de Bravestarr que saltou do bombadrdeio e agigantou-se ao berrar “Inun-chuck!”.  Os Vampiros desistiram de confrontar Bravestar e Gungaiver. Um dos gêmeos marcou o patrulheiro como “rival” antes de desaparecer. Com maior número e armamento superior da Nautilóid, os inimigos restantes partiram em fuga. Kutulo decidiu ir atrás, caçando os que conseguia, e perdeu a noite naquela caçada.

Turkko avisa Bravestar do último Minotauro que invadiu a base, mas avisa que Kenor já estava no cado. O Xerife não quis esperar.

Contudo, ao chegar, Bravestar percebeu que o monstro já estava rendido, graças aos talentos e versatilidade do Mestre das Feras.

...

A vitória é celebrada pelos Defensores. Bravestar apresenta o líder de sua tribo e seu mentor pessoal, o Shamã. E Hon-sa desce à nave. Gungaiver declara que estava lá para espionar as atividades da “pirata”, e Hon-sa revela que ela mesma quem vasou a pista de que ela estava lá. Que a nave era “espólio” dos verdadeiros piratas, e que ela, na condição de “Thundercat” estava fora da jurisdição da Patrulha Galáctica. Mesmo assim, o patrulheiro pede para inspecionar a nave.

Antes de voltarem à sua nave, Bravestar reafirma a admiração que nutriu pelos heróis, especialmente por Kenor, que se mostrou honrado e respeitoso. Deu a ele um distintivo de Delegado, a Segunda Insígnia dos Cavaleiros Anos ’80. Kenor compartilha suas informações sobre Crysalida e Keldor Jr. Bravestar informa que “Keldor” é um nome proibido. Era o nome do irmão do Rei Randor que no passado distante tentou usurpar a coroa. Após isso, seu nome foi proibido, e ele se rebatizou...

 Hoje, seu nome é ESQUELETO.

...

Kenjiro se vê impressionado tanto pela nave quanto pela Nanoforja. Hon-sa estava animada em ver alguém que entendesse dos mecanismos, para que todas as funções técnicas na nave não se concentrassem nela. Decide anunciar a nova tripulação do Nautilóid.

O Patrulheiro Galáctico Gungaiver, que estava encarregado de caçar Crysalida por pirataria, foi convidado como Oficial de Comunicações e Radares.

Quarterhead, foi nomeado Timoneiro. O veterano alegava almejar uma vida pacífica, mas como queria vingança contra a criatura que destruiu sua taverna (Né, Kutulo?) ... e se sentia culpado por perder o Thundranium para o Andarilho.

Logan foi nomeado Oficial de Segurança.

Kenor, o Oficial de Ciências Naturais.

Turkko, o Oficial de Ciências Arcanas.

E Hon-sa, permanecia como capitã auto-intitulada.

Mas antes de concluir as nomeações, a Thundesfera começa a girar. A Ponte de comando fica completamente rubra. Os motores e baterias da nave indicam 110% de carga.


E no horizonte distante, um holofote vermelho se ergue, com o Chamado dos Thundercats.

Epílogo:

A Torre do Terror de Cristal estava quase pronta. No monitor cheio de chuvisco, Crysalida via os heróis se reunindo com Bravestar e o Shaman.

- Sim, com o Poder dos Espíritos Animais, quatro Insígnias do Poder encontram-se em Etérnia na década 80, como os livros de história indicaram... – ela ri contidamente. – E após a Incursão, Cinco estarão prontas para a colheita! E eu...

Um alarme luminoso dispara, interrompendo o discurso megalomaníaco de Crysálida.

- LAURO!!! – urra furiosa o Terror de Cristal. – Pare de testar esse alarme de intruso!

- Eu... – O mutante gagueja. – Já terminei de instalá-lo!



Um barulho de motor anuncia a chegada do homem de azul, montado num Trenó dos Céus. O Andarilho pousa na Sala de comando de Crysálida, com um sorriso confiante.

- Eu ouvi falar de uma mestra do Mal chamada Crysálida... – Keldor Jr. Fala enfim. – Creio que seja você...

ATO I TOMO I - Os Cavaleiros Anos 80

A tecnologia de Cristal fazia a Fortaleza do Terror de Crysalida se erguer autonomamente, como se emergisse do chão. Mas nem tudo era possível com os vírus-drones conceptores, que faziam uma muralha se erguer do silício da montanha apossada.

Ventanoso, o Mutante, erguia seu aparato de guerra, as lâminas de sua hélice-furacão. Com seu braço natural, segurava um cabo.



- MAIS PARA A ESQUERDA, MENTECAPTO! – A Rainha do Terror berrava de uma janela alguns andares abaixo. – Lauro, e agora?

- Consegui sincronizar o horizontal, mestra... – fala o bagre mutante ciborgue, embaixo do grande aparelho visionário da vilã, objeto essencial para espionar os heróis. – Mas acho que falta muito.... Não vamos poder fazer nada hoje...

- Eu não ACREDITO! – Urra a vilã furiosa. – Por causa da incompetência de vocês dois EU não vou aparecer nestes episódios!





Episódio 2: Nossa nova casa



No episódio anterior, após uma intensa luta contra Crystálida - O Terror de Cristal - e seus dois mutantes, os Cavaleiros Kenor, Turkko e Kutulo/Logan tomaram a embarcação misteriosa e resgataram a sua autoproclamada capitã "quase uma thundercat", Hon-sa, para si. Contundo, num impulso de manter o prêmio, a thunderiana levou a embarcação no modo submarino para longe da superfície.

 Sem ter o que fazer até voltarem a emergir, os Cavaleiros foram se assentar. Hon-sa informa que haviam dois quartos melhores, os dos oficiais, então ocupados por Dr. Lauro e Ventanoso. Também tinha a cabine privada de Crystálida, que nem a thunderiana ousava ir. A capitã, Workaólotra, se satisfazia com os aposentos pessoais de comando e a cadeira na estação de comando. Logan, destemido, decide investigar a cabine em teoria melhor.

Turkko e Kenor foram ver os quartos dos oficiais, no primeiro deque abaixo do comando, onde ficava o timão principal da nave – o qual Hon-sa falou que precisaria que algum dos dois aprendesse a usar, pois sem Ventanoso, precisariam de um timoneiro. Os quartos eram realmente bem amplos, mas, enquanto o de Ventanoso era surpreendentemente limpo, arejado, com música ambiente eclética, o do Dr. Lauro era um pântano, com uma cama de lama e fungos crescendo num canto escuro.

Turkko convence Kenor que ele seria o melhor para o “quarto pantanoso”. O honrado selvagem fica indefeso ante os argumentos. Enquanto os dois preparam-se para sua primeira noite, Kenor pede que Elak, o pequeno herculóide voador, aprendesse o que pudesse do novo “lar”.

Logan vê a porta da cabine de Crysálida. Ela vibrava anormalmente. Temendo armadilhas, ele invoca o nome – KUTULO – e assume sua forma demoníaca.

Confiando nas suas proteções edgelords, Kutulo abre a porta. Se depara com um holograma de uma mulher azul de cabelos brancos. Como o demônio não chegou a confrontar Crystálida em nenhuma de suas formas, ele não tinha como tentar reconhece-la.

- Cálculos terminados, mestra. Gostaria de saber as informações? – Falava o holograma. Aparentemente um I.A. rudimentar.

O pouco de tecnologia que Kutulo tinha fez ele conceber algo surpreendente: Chips com um pouco de silício alimentavam poderosos computadores. Aquele misterioso quarto era completamente coberto de cristais com runas luminosas. Se a proporção fosse próxima à da tecnologia eterniana, ele estava diante de um supercomputador cristalino inigualável.

- Eh... sim. – Kutulo não adianta nada.

O Holograma mostra uma imagem estática do planeta com números e caracteres em idioma alienígena.

- Estamos em Etérnia, aproximadamente 80 anos desde a incursão de Trolla com a Galáxia de Cristal. Em algum momento desta década, Etérnia terá sua incursão com Etéria.

 Kutulo dá os ombros, e olha ao redor. Acaba inadvertidamente fazendo ordens para a I.A. que pede uma senha.

- S... Senha?

Incapaz de fornecer uma senha, o computador percebe que era uma presença não-autorizada e começa um processo de autodestruição. Aqueles cristais começam a aparentemente derreter. Kutulo tenta apanhar um para salvar alguma informação. A temperatura era inacreditável. Felizmente, seu dom demoníaco o torna imune à queimadura, mas só pode ver quando todo aquela informação se torna pó, e espalha pelo ar, de formas desastrosas que ele não poderia conceber...

... E essa informação não vai aos colegas.

No meio da madrugada, Turkko e Kenor tiveram pesadelos.

O de Turkko é muito vívido. Ele estava num “espaço”, entre nebulosas com cores extravagantes. Ele via um planeta vermelho, brilhando com uma energia rubra e uma imagem holográfica de uma cabeça de gato rugir. Este planeta colide com um outro planeta negro, e é destruído.

Outro planeta, mais árido, estava em rota de colisão com um mundo verde. Do planeta árido, um raio de energia atinge o outro... Parecia que ia destruir seu “inimigo”, mas no último instante, o “raio” parou. Os dois planetas colidem e deixam de existir.

Um terceiro leva horror a Turkko. Era Trolla, seu mundo-natal. Ele estava numa rota similar com um mundo branco como gelo. Mas antes de colidir, o “Mundo de Gelo” parecia encolher e ficar superdenso, enquanto Trolla começa a vibrar e se tornar uma “nuvem”. Os dois cruzam e voltam ao normal, seguindo suas órbitas incólumes.

Então, Turkko olha para seus pés. Vê à grande distância, Etérnia. E pouco além dele, um outro mundo, em rota de colisão.

O Pesadelo de Kenor é mais traumático, e talvez por isso ele não conseguiu se lembrar ao acordar. Ele lembra de sentimentos abstratos. Dor. Medo. Angústia. De concreto, somente uma palavra misteriosa: “Tanatose”.

Os dois acordam com um alarme geral, e com as luzes todas oscilando. A voz da capitã Hon-sa nos autofalantes berra: “Alerta Vermelho. Todo o pessoal na Ponte de comando... sem pressa..., mas seria interessante se vocês...”

 O som morre. E toda a embarcação mergulha na escuridão.

 Episódio 3: Estrela da Bravura!


Kenor sabia se virar na escuridão, mesmo em um ambiente alienígena como o interior da nave.  Mas em pouco tempo, Turkko ressurge do quarto com uma tocha na forma de uma bunda de vagalume. Os dois correm para a ponte de comando. Logan deveria estar logo atrás deles – sua cabine é num convés ainda mais baixo.

Na cabine de comando, a única fonte de luz vinha da Engenharia, junto com sons de solda e marteladas. Eles viam os hoverbots autônomos que ainda estavam lá se desativarem e caírem ruidosamente.

Na engenharia, Hon-sa estava a armengar um grande “funil de metal”. A Nanoforja – uma enorme “impressora 3D” – apagava as suas luzes e tudo ficava no escuro fora a tocha-vagalume de Turkko.

- Boas notícias! – fala a capitã. – Consegui desviar o que restava da energia do suporte vital para fazer ISTO! – ela mostrava a estranha escultura. – As más notícias são, bem, a mesma.

O pensamento de estarem numa nave desativada e sem suporte de vida no fundo do oceano arrepia Kenor e Turkko.

- Crysálida fez alguma coisa... – explica a Thunderiana, com os companheiros percebendo-a cambaleante como se estivesse enfraquecida. – Estava transformando o Thundrilium que alimenta a nave em Tundrânium, que é tóxico... ao menos para mim. – Ela fala percebendo que os companheiros estavam bem – Precisei tirar tudo da thundersfera. Então, a não ser que nos próximos Quinze minutos o Rei dos Thundercats seja ameaçado, precisamos de energia para voltar à superfície.

Com Kutulo se juntando a eles, posicionam o cone – “Sifão de Poder”, como Hon-sa nomeou – onde ficava a Thundersfera. Turkko, Kutulo e o lagarto Elak são orientados a disparar suas fontes de energia por ele para alimentar brevemente a nave. Kenor foi ao timão, e ele precisaria subir o mais rápido possível, pois o Sifão era um “boost” remendado para emergência.

Felizmente os heróis conseguem restabelecer o suporte de vida nos deques específicos e acionar motores mínimos. Num esforço bruto, a nave volta a flutuar até a superfície antes de desativar tudo, mas agora tinham o ar natural. E a manhã que começava.

Hon-sa informa que precisaria coletar algumas horas de luz solar, e mesmo assim a nave não poderia dispor de poder de vôo ou submarino sem o Thundrilium. Mas tinha mapeado uma “cidade” nas proximidades antes de perderem os computadores. Kenor conhecia o local que estavam – próximos das “Badlands”. Não deveria ter cidade nenhuma por lá. Era um amplo deserto rochoso, esconderijo de malfeitores como Tex-hex e outros vilões de Novo Texas. Mas sem uma nova fonte de energia ou conhecimentos de navegação, o Nautilóide se tornou uma gigantesca boia no meio do oceano. Kutulo decide ficar e ajudar. Kenor deixa Glob para vigiar a capitã – quem ele ainda não confiava plenamente – e monta em Elak, para ir com Turkko atraz da tal cidade.

No caminho, os dois heróis ouvem disparos à distância. Decidem investigar.

Eles descobrem um grande grupo de homens-lobo, tangendo uma matilha de chacais em um cavaleiro em seu cavalo ciborgue... Ambos reconhecem o Xerife Marshal BRAVESTAR


Os dois voadores se unem ao Xerife. O herói não era nem de longe indefeso. Com sua Força do Urso, arremessava lobisomens uns nos outros sem dificuldade. Com os Olhos do Falcão, desarmava os vilões em uma sequência inumana de tiros. E com a Velocidade do Puma, ao descer de sua Montaria, ia imobilizando bandidos sem esforço. Mas ele parecia com problemas com os chacais, a quem parecia não querer machucar. A intervenção dos heróis foi providencial. Especialmente Kenor, Senhor das Feras, que conseguiu assumir uma posição de Alfa perante as criaturas e tira-las de conflito sem vias de fato.

Uma vez sem seu cavaleiro, o Cavalo se transfora num equino humanoide brutal, com uma espingarda de cano duplo intimidadora. Bastou para o bando de atacantes debandarem.

...

Kutulo auxilia o herculóide Glob a restaurar o último dos deques da Nautilóide ainda não liberado, e vê frustrado que era um deque pouco interessante, exceto pela “zona de bombardeio” no fundo do navio, onde ele encontra a última capsula de fuga. Informação importante, no caso de um abandono de navio.

Kutulo decide subir para auxiliar Hon-sa na reativação da Nanoforja ao menos, usando o Sifão do Poder. Ele queria um tridente. A ideia anima a capitã, mas a pressa dos dois em usar as chamas Edgelord acabam danificando criticamente a delicada maquinaria. O trabalho de Hon-sa acaba de DOBRAR.

Kutulo decide então voar à cidade indicada aos companheiros para conseguir peças.

...

Bravestarr e os heróis se apresentam formalmente. Diz que ele viu – com os “Olhos do Falcão” – quando a embarcação emergiu, e que tinha os relatos de Histmo para prender a tripulação pirata daquela nave. Mas que viu os bravos heróis não eram responsáveis pelo ataque do dia anterior. Mas não tinha certeza sobre a Capitã...

Kenor e Turkko comentam seus pesadelos da noite anterior. Bravestar mostra-se preocupado e até triste quando Turkko narra a colisão que tinha um “disparo”, mas não fala nada. Contudo, quando ele ouve a “Tanatose” mencionada por Kenor, fica genuinamente alerta. Decide que precisariam confabular com os heróis na Mina dos Wickets.


Episódio 4 – A Mãe dos Amaldiçoados


Bravestar e Trabuco guiam Kenor, Elak e Turkko a uma pequena fortaleza na encosta de uma montanha, cercada por um fosso, alimentado por um rio que movia o moinho. Ela era ocupada por Wickets – povos minúsculos com cabeças desproporcionalmente grandes. Famosos por Etérnia por minerar Coridita para os Mestres do Universo. Mas os prédios eram obviamente projetados para pessoas “mais altas”.

Chegando no templo, a sacerdotisa local – Irmã Moar – conta uma história.

No Tempo dos Antigos, o Rei Grayskul e seus Guerreiros combateu uma criatura mitológica, conhecida por alguns como “Medusa”, mas para outros como “A Rainha dos Malditos”. Ela teria INVENTADO as maldições como licantropia, vampirismo, e outras mazelas que aflige o universo até hoje.

Uma vez derrotada, os Antigos temiam que ela tivesse forma de voltar à vida...

- “Tanatose”. – observa Bravestar, lembrando o sonho de Kenor. Era a definição da característica de certas criaturas simular a morte em situações críticas.

... Por isso, eles esconderam o corpo da Rainha em um templo antigo, e ficou perdido por milênios... Até que os Wickets que assumiram aquela mina abandonada inadvertidamente reabriram a passagem.

Eles sabiamente não abriram a Tumba, mas a notícia da descoberta se espalhou, e fanáticos seguidores da Rainha dos Malditos juntaram um grande exército de Vampiros, lobisomens e outras criaturas. Bravestar estava buscando defesas para reforçar a mina. Conseguiu apoio tanto da sua tribo quanto da Guarda de Etérnia... contudo, levariam pelo menos um dia inteiro para chegarem...

... E aquela noite seria a última chance dos Seguidores da Rainha dos Malditos de invadir a tumba... E era uma noite de lua cheia. A pequena guarnição local de Wickets deveria encontrar meios de resistir.

Os heróis decidem que iriam ajudar Bravestar e os Wickets. Mas também comentam sobre seu Thundrilium contaminado, e descobrem que o mercado local fechou por causa da ameaça, mas um mascate que tinha chegado recentemente e poderia ajudar.

Os dois se surpreendem. Era Quarterhead, o taberneiro que teve o estabelecimento comercial destruído supostamente pelo ataque de Crysálida (na verdade pelo descaso de Kutulo com sua transformação). Ele decidiu pela carreira de mercador viajante, e comenta nutrir ódio por quem destruiu sua taberna.

Acompanhando-o, estava um guarda-costas contratado. Era um homem de pele azul profundo, cavanhaque, unhas negras, mascando uma folhinha delgada e carregando um chumaço delas, e se apresentava como “O Andarilho”. Ele olha com deboche para os heróis.

Quarterhead mostra aos heróis – com seu repugnante ato de "desacoplar" um quarto de sua cabeça-ciborgue para ceder seu olho cibernético microscópico – para mostrar que pequenos “vírus” de cristal estavam mudando as propriedades do cristal. Também informou a diferença entre o Thundrilium e a Coridita, que tanto eles quanto Hon-sa não sabiam distinguir. Thundrilium era uma fonte de energia, enquanto Coridita ampliava um poder já existente. Ele explica que mesmo He-man usava Coridita para ampliar ainda mais sua prodigiosa força.

Quarterhead dá duas opções ao grupo: Ele poderia polir aquele Thundrilium contaminado, mas isso consumiria pelo menos metade, se não mais. A segunda alternativa era procurar um alquimista que pudesse reverter a transformação.

Quanto ao caso mais urgente, ele tinha esperança que o Andarilho – a quem ele demonstra saber ser muito poderoso – ajudasse Bravestarr a proteger a cidade. Contudo, o misterioso homem azul alega que não estava no “negócio de herói”. E alega que nenhum valor o faria ser um herói. Ele tinha um contrato de proteção ao mascate, e mesmo este ele poderia rescindir se ficasse “inviável”. O Andarilho deixa o mercado. Quarterhead comenta com os heróis que sabia que apesar da fachada, ele tinha um “bom coração”, e pede que os heróis apelem um pouco mais.

Kutulo pousa antes de chegar à mina e reverte a sua forma humana de Logan. Ele cruza caminho com o Andarilho, que o observa com desconfortável interesse. Ele atira em Logan uma daquelas ervas mascada. O herói não se abalou.

Andarilho toma a liberdade de explicar-se. Ele diz que via “algo interessante” no Logan. Diferente dos “bonzinhos” que estavam até então na cidade. E que a erva era “Wolf’s Bane”. Ele queria ter certeza que não era um espião lobisomem que estava ameaçando atacar a cidade.

Com isso, ele despeja as ervas que estava mastigando até então nas águas do fosso.

- Isso vai ajudar a afugentar os lobos. – Comenta ele. – E é toda a ajuda que esses bonzinhos vão conseguir de mim.

A conversa é interrompida por Turkko, que decide tentar apelar ao Andarilho como Quarterhead falou. A presença de “um bonzinho” desagradava o homem. Mas com a presença do aliado Logan, Turkko comete um erro, e fala o segredo da Tumba. Andarilho decide voltar á cidade.

-> o TOMO II Está no ar!
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-> Leia o Episódio-piloto que deu origem à série!
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