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13 de dezembro de 2020

DICAS PARA MESTRES #2

18 de novembro de 2020

DICA PARA MESTRES #01

 DEADLINES KILLS SIDEQUESTS!

6 de novembro de 2020

D&D 5e. - Como conduzir interações sociais

1 - o narrador deve determinar o ESTADO INICIAL da criatura-alvo:

AMIGÁVEL - o NPC é inclinado a ajudar, ao menos naquela ocasião.

INDIFERENTE - O NPC não vê motivo para interferir. 

HOSTIL - O NPC pretende ser um obstáculo aos jogadores.


Então, ocorre a primeira parte do encontro social: A introdução. Geralmente na forma de ROLEPLAY - normalmente oral - mas é compreensível permitir um teste de Insight ou, se tiver tempo, investigar o NPC na cidade para descobrir MOTIVAÇÕES, ALIANÇAS e coisas que possam "amaciar" o personagem. 


Se tiver SUCESSO ou fizer um bom roleplay, o narrador pode progredir o estado inicial do NPC, mas APENAS 1 nível - De "Hostil" para "Indiferente" ou de "Indiferente" para "Amigável". Nunca direto de "hostil" para "amigável". Com múltiplas interações ao longo de certo tempo, é possível que um NPC inicialmente hostil decida se tornar amigável aos PJs. Mas nunca num único encontro.

Lembre-se: um resultado ruim ou uma "piada fora de hora" do resto do grupo pode fazer REGREDIR 1 nível do estado inicial.


Então, faz-se o teste propriamente dito de Carisma. A habilidade varia de acordo com a natureza da interação. Pode ser ENGANAÇÃO, PERSUASÃO ou INTIMIDAÇÃO.


CRIATURA AMIGÁVEL:

0 a 10 - Ajuda os PJs, mas não se arriscará.

10 a 20 - Ajuda os PJs, aceitando pequenos riscos.

20 ou + - Ajuda os PJs, podendo se sacrificar pela causa.


CRIATURA INDIFERENTE:

0 a 10 - Não ajudará, mas também não atrapalhará.

10 a 20 - Ajuda os PJs, mas não se arriscará.

20 ou + - Ajuda os PJs, aceitando pequenos riscos.


CRIATURA HOSTIL:

0 a 10 - Vai prejudicar os PJs, aceitando pequenos riscos para tanto.

10 a 20 - Não ajudará, mas também não atrapalhará.

20 ou + - Ajuda os PJs, mas não se arriscará.


EXEMPLO:


Amellie precisa que o guarda da muralha permita que o grupo entre na cidade. Ela sabe que a milícia local é de humanos xenofóbicos, logo, eles estarão HOSTIS contra ela, que é meio-elfo, e o resto do grupo de múltiplas raças fantásticas. 

Ao fazer seu teste de Insight (rolou 17) percebeu no ombro do sentinela um brasão de uma ordem que lutou guerras contra gigantes no passado. Amellie introduz ao guarda seu grupo informando despretensiosamente que mataram um gigante no encontro aleatório a caminho daquela cidade. Aquele guarda progride de HOSTIL para INDIFERENTE, pois conquistou o assombro e a curiosidade daquele indivíduo.

Feito isso, Amellie pede acesso à cidade e orientações sobre como chegar à torre da guilda de arcanos. Com seu bônus social elevado e dados lhe favorecendo, seu resultado final é 23. Aquele guarda decide escolta-los pessoalmente até a Torre, para evitar que os demais patrulheiros da cidade tentem atrapalhar a missão do grupo. 

9 de outubro de 2020

OS NOVOS CAVALEIROS '80







 

3 de outubro de 2020

ATO II TOMO VII - OS CAVALEIROS '80

 Optimus Thunderprime permaneceu no disfarce de Thundertanque atrás das dunas. Sua promessa de não se envolver com os assuntos dos Eternianos. Pois, se fosse revelado, colocaria os povos do terceiro Mundo na guerra por Cybertron, e cada baixa seria culpa sua.

Não acreditava que havia perigo. Pelo que escutou, os Catfolks eram seguidores do leão Amarelo, um dos aspectos de Voltron. Deveriam ser pessoas honradas, embora seus objetivos colidissem.

Então, Optimus ouviu o rugido. Sentiu a presença do Segundo Leão, não mais escondido. Viu a cúpula revelar Felis Qard. Os jovens conseguiram. Prime tinha orgulho de chamar aqueles heróis de... Amigos.

Mas após alguns minutos após o Despertar do leão, sons de batalha. Prime hesitou. Não deveria interferir... Mas em sua centelha sabia que algo estava errado. Um mal imensurável estava em ação. Contra seu melhor julgamento e seu voto de segredo, ele decidiu investigar.

Ele chegou tarde, e se culparia por muito tempo.

Ele presenciou Belial enfrentando criaturas conjuradas por um daqueles vilões nativos. O ser chamado de MUM-RA. E viu quando O Lorde da destruição ESQUELETO e o infame feiticeiro das Bad-lands TEX HEX arrastavam Alura, Turko, Kenor e os animais do ex-selvagem por um portal.

Belial ainda estava ativo. Ele destrói com esforço criaturas de areia invocadas pelo Ser Eterno. Mas sem os servos, Mum-Ra agarra Belial ele mesmo. Optimus imaginou que a Foice tentou dominar o vilão, mas estava diante de um dos maiores males do Terceiro Mundo. Ele estava indefeso.

Prime ergue-se poderoso. Ele decide lutar pelos inocentes... Mas sua hesitação inicial custou a presteza. Mum-ra nem soube que foi avistado. Nem percebeu que a Múmia que servia aos Espíritos do Mau escapou de um combate digno quando atravessou o portal.

Prime viu Bronthodox no chão, estranhamente deixado para traz. Ainda estava vivo... Mas os CAVALEIROS ANOS 80 estavam em poder da CABALA DOS VILÕES DE ETÉRNIA!


I - A Pergunta que decidirá seu destino!

Kenor e Turko recuperam a consciência lentamente. Mas estavam totalmente despertos ao ouvir um “CLANG!”. 

A porta de uma gaiola metálica sendo fechada por Tex-Hex.

- Eu solidarizo com vocês... – provoca o cowboy morto-vivo. – Eu costumo a estar do outro lado das grades... – ele ri e dá as costas.

Os dois heróis dão pela falta de Bronthodox e das bestas de Kenor. Percebem, em um canto, Belial escoriado e coberto em areia. Então, olham ao redor.

Era um amplo salão, altíssimo. Quatro estátuas – o Rei Abutre, o Javali, o Touro e o Crocodilo – erguiam-se por 12 metros ao redor de um fosso de profusões. Eram os Espíritos do Mau. 

https://youtu.be/at16o6_S6hI ♫

Sobre o fosso, pendurada por uma corda, estava a sacerdotisa Alura, amedrontada. Segurando a outra ponta da corda, estava o Esqueleto.

A visão nublou o julgamento de Kenor, que se lança contra as barras. Uma descarga energética o atinge. Com a fúria e a vontade inabaláveis, ele persiste, tolera a dor, e tenta entortar as barras, mas eventualmente o grande poder místico o supera. Kenor, ferido, é projetado para trás e cão no chão.

Como “consequência”, Esqueleto afrouxa sua mão. Alura cai na direção do fosso profano. O vilão cruel detém a queda pouco mais de um metro antes da sacerdotisa ser mergulhada naquela substância sinistra.

- Oh, eles tem poderes! – fala jocosamente Tex-Hex. – Por que será que nós não antevemos isso?!? Nós devemos ser muito incompetentes mesmo! 

 Turko auxilia o amigo. Discretamente os dois tentam usar rádios e os sentidos de Kenor, mas percebem que aquela grade também cortavam essas formas de comunicações.

Mas não demorou muito, a atenção de todos se voltou para um sarcófago no fundo do salão. Sarcófago que se abria, e revelava uma figura decrépita, magra, coberta de faixas e de um manto vermelho-sangue. A forma real de Mum-ra se apresenta, e exige respeito com sua mera presença sinistra. 

- Ouçam, Heróis... – a voz da múmia era arranhada e cansada, mas assombrava os que ouviam. – Seu destino em nosso poder será decidido dependendo de como responderão a uma pergunta. Escutem bem e respondam com a verdade, pois A Pergunta que decidirá seu destino!

Os heróis não podiam reagir, então, eles aguardam a pergunta.

- QUEM... – fala enfim Mum-ra. – É... EPAMINONDAS?

Não era o que o grupo esperava, mas Turko sequer hesitou. Invocou um par de óculos miúdos, colocou em seu rosto e disse: “Epaminondas, ora... Epaminondas sou eu!”

Os olhos de Mum-ra se iluminaram de satisfação e malícia.Tex-Hex esfregava as mãos empolgado. Mas Esqueleto deu um passo à frente.

- Boa tentativa!

Os dois vilões se voltaram ao Senhor da Montanha da Serpente.

- Eles sabiam que era a pergunta que faríamos. Eu ouvi quando eles combinaram! – mentia o vilão. – Algum de vocês já tentou torturar um Trollano? Eu soube que meu ex-mestre HORDAK capturou o primo deste aqui, GORPO. Ele usou todos os recursos da Horda e a Magia de Sombria, e tudo o que conseguiu foi... Ficar confuso!¹ Vocês libertariam os aliados, e o sacrificado permaneceria para traz, mas sem nos dar acesso ao segredo!

- Então, a tortura antiga? – sugere Tex-Hex com crueldade nos olhos.

Esqueleto fica entre os heróis e os seus aliados.

- Em momentos distintos, vocês dois tomaram meu filho bastardo como discípulo para descobrir meus segredos. Vocês me devem isso! E eu tenho ... História... Com esses dois. – Olha para Kenor e Turko, que revelaram Drumpf (S01E06).

- Nós somos uma Cabala, Esqueleto! – rosna furioso Mum-ra.

- E serão uma Cabala... Sem mim... Se não me conceder o meu direito à vingança!

Os heróis se entreolhavam confusos. O que Esqueleto pretendia?

Mum-ra não estava satisfeito, mas decide aceitar as condições. 

- Eu permanecerei com a sacerdotisa, Esqueleto! – a múmia fala com ódio. – Pode fazer o seu trabalho nos heróis. Mas exijo que compartilhe tudo o que descobriu com ... A Cabala!

Esqueleto faz a gaiola flutuar e segui-lo através de um portal.

- Por que você confiou no Esqueleto essa tarefa, Lorde Mum-ra? – Tex-Hex pergunta.

- Eu não confio em NINGUÉM! – afirma Mum-Ra.

II – na Montanha da Serpente.

Ao atravessar o Portal, Kenor percebe que havia outra gaiola lá. Elak e Glob estavam sendo dominados pelo Homem-fera. Aquilo horrorizava e enfurecia o Cavaleiro de Voltron.


- Mestre! – rosna admirado o bruto rubro. – O senhor conseguiu capturar metade dos Cavaleiros de Thundermoon?!? 

- Não fique muito empolgado. – Esqueleto faz um desdém. – Eles vão escapar em alguns minutos. Desça às defesas da Montanha e reforcem-nas. Eles tem um robô gigante, e eu não quero rachaduras nas fundações.

Homem-fera olha confuso, mas sabia muito bem que não deveria contrariar o Esqueleto. Corre para cumprir seu ordenado, e deixa seu mestre a sós com os heróis engaiolados.

- Então, você é o Epaminondas! – fala enfim, o Esqueleto, revelando que acreditou na confissão de Turko. – Desde quando seu nome é “Epaminondas”?

- É meu alter-ego. Meu nome de guerra. – fala enfim.

- Então não é seu nome de verdade?!? – o Esqueleto começa a gargalhar. – Então, o poderoso Rei Blod está vinculado a um pacto inválido?!? Ele poderia sair da sua prisão quando quisesse!? 

Esqueleto gargalhava satisfeito. A notícia corria na espinha dos heróis.

- Eu lembro que vocês me desmascararam na frente do Príncipe de Etérnia e dos Thundercats... – Esqueleto aponta acusadoramente para Turko. –E você me fez escorregar numa casca de banana! E eu prometi me vingar, e eu sou uma pessoa ocupada, será difícil ter vocês a minha mercê novamente. Mas... Temos um objetivo em comum agora... Impedir Mum-rá!

III – a Formação da Cabala.

Esqueleto conta como se aliou a Mum-ra. Foi na época em que a tumba da rainha dos malditos foi descoberta. Mum-ra em pessoa o procurou. Foi irônico, pois na juventude, o Esqueleto procurou o servo dos Espíritos do mal, mas sempre foi rechaçado. Agora, a Múmia Primordial quem buscava o senhor da Montanha da Serpente, prometendo grandes poderes e um trono digno... Mas Mum-ra não era tolo. Nunca disse como conseguiriam esse poder, pois sabia que Esqueleto facilmente tomaria para si o segredo.

"Outros três faziam parte da cabala original. Tex-Hex, o reverante feiticeiro servo de Stampie... E os Irmãos Volod e Ivlod, os vampiros-reis do Exército dos Malditos.

Mas tudo mudou quando o Rei Blod, herdeiro da rainha, ressurgiu. Mum-rá expulsou os irmãos e decidiu que Blod tomaria seu lugar na Cabala, como legítimo soberano do sangue. O fato de que ele poderia ser controlado por Epaminondas só facilitaria a aquisição”.

- Isso me ensinou duas coisas... – conclui Esqueleto. – Uma: Mum-rá não divide poder... Dois: Qualquer um é descartável na Cabala. Mum-rá não confia em mim, mas me tolera, porque eu concluí o último projeto da Rainha dos Malditos. A Magna Opus. Eu sou o único Lich de Etérnia... Ao menos, até onde ele sabe.

Esqueleto ria com divertimento. Algo que só ele sabia e o fazia rir com grande satisfação. Os heróis até cogitam se aquele era mesmo o “Lorde da Destruição” ou um bilolado vilão de desenho animado.

“Quando eu era um aprendiz da Horda, eu estudei o ritual incompleto da Rainha... mas eu tinha um colega de laboratório - com aspas irônicas - chamado Zeek. Eu, claro, era o mais talentoso dos dois, mas Zeek roubou minhas anotações e começou seu próprio ritual questão de minutos antes do meu.

Eu não poderia deixar isso acontecer. Então, eu invadi o sanctun dele e sabotei seu ritual de uma forma simples... Eu troque a FILACTÉRIA por um... Ovo de galinha”.

Esqueleto gargalhava quase que incontrolavelmente com seu feito. Precisa se controlar para terminar a história.

- O ritual de Zeek foi um sucesso parcial. Pois seu corpo ressurgiu como o de um FRANGUINHO!!! HEHEHEH! Sim, ele se tornou ZEEK O FRANGOLICH!

- Um frango... Lich?!? – exclamam os heróis.

- Não se enganem! Ele é consideravelmente poderoso nas artes arcanas. Mas é um frangote. Eu o persegui após concluir meu próprio ritual, mas Liches são difíceis de eliminar, e Zeek é esperto o suficiente para fugir. Com os anos, eu o deixei para lá, e sei que ele se assentou como um vilãozinho de terceira. Não era uma ameaça para mim, até perceber que Mum-rá pode tentar me trocar por ele se perceber que eu quero sabotar seu plano por dentro.

- E ... Creio que nisso nossos caminhos se encontram, Heróis. - Esqueleto conclúi. - Pois eu SEI que vocês não querem que Mum-rá tenha sucesso, pois será um mau maior para Etérnia. Então, é interessante para vocês me manter na Cabala. Zeek é um grande franguinho covarde. Se sentir que ele está em perigo, ele deixará Etérnia por um bom tempo, e Mum-rá estará preso a MIM. Então, eu liberto vocês, e vocês vão dar “um susto” em Zeek. Estamos de acordo?

- Só se você prometer que Alura será libertada. - exige Kenor.

- Sim, eu mesmo vou libertar sua preciosa princesinha. – fala Esqueleto, abrindo dois portais. - Aquele da direita me levará à Sala do trono de Mum-rá, e eu resgatarei sua princesa. O da Esquerda, vai levá-los á porta de Zeek. Estamos de acordo?

- E meus companheiros animais? – pergunta Kenor.

- Quer levá-los? Homem-fera vai ficar desapontado... Mas você é quem sabe.

Belial e Turko concordam. Kenor ainda hesita, mas aceita. Antes de ser liberto, ele fala:

- Se alguma coisa acontecer a Alura, não há força no mundo que vai proteger você de mim!

Aqueles olhos vazios no crânio do lorde da Destruição encara o desafio.

IV – O FrangoLich

Esqueleto só cruzou seu portal ao ver que todos os heróis cruzaram o deles.

Os Cavaleiros se veem ante uma cidadela sombria nas montanhas. Penhascos que a circundavam bloqueavam completamente o sol Todos os prédios e muralhas em ruínas, exceto por uma única construção:

Um celeiro vermelho.

Kenor estende seus sentidos. Percebe a princípio grande quantidade de vida animal na região. Refinando um pouco, percebe algo estranho... A vida animal num raio de quilômetros eram exclusivamente de galináceos. Nem predadores, nem humanoides. Como se aquele fosse um reduto seguro para os frangos e galinhas selvagens.

Ao se aproximar dos portões do paiol, uma BOCA MÁGICA surge. E uma voz pouco empolgada repete a seguinte mensagem pré-gravada.

- Olá e bem-vindos ao Domínio do “glorioso” Zeek o Frangolich. Eu sou Keith o estagiário e eu tenho que gravar essa “baah” mensagem para terem acesso ao Keith. Se vocês aceitarem, peçam para ouvir a Pergunta da Verdade Universal Absoluta”.

A mensagem repetiu quando o grupo murmurou algo inaudível. O grupo então pede para ouvir a “Pergunta da Verdade Universal Absoluta”. E ela era:

- Quem é o pior chefe do mundo, paunocu, um covarde que não avisa que quem o segue se torna um maldito franguinho?

- Eh... Zeek? – arrisca Turko.

- Parabéns você sabe qual a verdade universal absoluta. – responde a mensagem.

A porta se abre. Uma escadaria desce para o subsolo. 


1 – A Escadaria

Sem iluminação, Kenor não conseguia enxergar. Turko baixa o visor que ganhou dos Silverhawks, e Belial se compromete a guiar o ex-selvagem. 

Kenor ia à frente, apoiando-se em Belial. Turko ia atrás, e as Feras Elak e Glob iam protegendo um ao outro no final.

Era uma escadaria de rochas, muito escuro. Sem corrimão. Mas ao pisar no último degrau, uma energia arcana corre o corpo de Kenor. Era uma armadilha mágica preparada. O Cavaleiro de Voltron reúne todas as suas forças para evitar ser aprisionado e consegue sair por muito pouco. Turko inspeciona a runa da armadilha... e percebe que havia também uma segunda runa. Uma runa de alarme.

Eles não estavam mais sozinhos.

2 – O Convidado da semana

No final da escadaria, o grupo percebeu os mesmos sinais do portão de cima em uma porta à esquerda, logo, teria outro enigma. À direita, viram o que deveria ter sido uma porta, mas foi lacrada por um feitiço de “Moldar pedra”. Kenor alegou que, se deram o alarme, não havia mais motivo para ser discreto.

Usando de sua CARGA DOTHUNDRO, Kenor destrói a porta. E ele percebe que era uma espécie de prisão com duas celas. Uma, tinha um esqueleto. Na outra, um convidado especial!

Obs: Zeek o frangolich usa de um artefato para explorar o multiverso, e de tempos em tempos ele abduzia um “convidado” de outro tempo. E os heróis poderiam ter a oportunidade de interagir com ele. Pedi que rolassem 1d6, com as seguintes possibilidades:

#1 Space Ghost
#2 Os Impossíveis
#3 Thundarr
#4 Galaxy Trio
#5 Tartarugas Ninjas
#6 Hannah-barbera Ho-Ho-Límpicos

Eles rolaram um 3. Thundarr. Pedi então para eles rolarem novamente. Tiraram um 2. E então...



Uma fera que já tinha entortado as grades de sua cela. Ela urrava furiosa para os invasores. Não chegou a atacar, mas não parecia amistosa.

Como Kenor não sentiu uma “Presença animal” na criatura, não conseguiu contato. Belial adianta-se para dominar a mente dela.

Ele vê a história da criatura.


Sendo liberto por um selvagem, tal qual He-Man, mas com um corpete de texugo, não só a tanga.

Ele vê uma bela feiticeira. E jura que a protegeria.

Vê as ruínas de uma civilização antiga, um letreiro. Belial lê “Universidade da Califórnia em Los Angeles”... O que dá ao monstro seu nome: UCLA. Ookla. 

Ele se vê cavalgando com Thundarr e Ariel, num robusto cavalo-insetóide.

Ele vê um portal se abrindo imediatamente acima de si. Os três caem no chão.

Ucla é sugado. Thundarr tenta estender a mão ao companheiro, mas não consegue. Por acidente, Ucla acaba agarrando a empunhadura da espada de Thundarr e traz consigo.

Belial tenta falar usando o corpo de Ucla, mas percebe que era impossível à criatura. Decide usar de sua telepatia. Informa ao grupo que a criatura entende o que falam, e possui grande fúria, mas não é um servo do Frangolich. É mais outro prisioneiro. Mesmo assim, decide manter controle sobre aquele poderoso corpo.

3 – A Piscina

O cômodo imediatamente ao norte do calabouço estava inundado. Era uma “piscina”, a fonte de água para o forte. Turko pergunta por que Ucla não usava daquelas águas. Belial, pesquisando as memórias da fera responde:

- Ele não gosta de tomar banho.

Mas com a agitação, os protetores da tumba previamente alertados se manifestam. Era ainda dois pares de olhos vermelhos com movimentos erráticos por detrás das barras de fero que isolavam a piscina do resto da masmorra. Eles discutiam.

- Eu vejo a criatura! – urra uma voz. – Ele se libertou!

- Ele tem uma arma! Uma Foice! – fala outro. – Mas será que foi ele quem acionou o alarme?

- Mandem os ratos! – decide o primeiro. – Os ratos cuidarão dele.

- mas se tiverem mais?

- Deixe os Ratos. Os Ratos darão conta do serviço!

O grupo recua às celas. Uma sombra negra se espremia por dentre as grades e mergulhavam na piscina, desaparecendo. Temendo “os ratos” os heróis decidem usar as pedras que isolavam a cela para fazer uma barricada, isolando a piscina e evitando os ratos. Deu certo, e evitaram o confronto, mas agora, a única passagem possível era o enigma do outro lado do corredor.

4 – Os Guardas

- Olha eu aqui de novo... – a voz desanimada de Keith o Estagiário retorna ao acionar o enigma. – O chefe Zeek não gostou da minha Verdade Universal (ninguém gosta da verdade), então me deu um roteirozinho para ler... Primeiro, identifiquem-se se são A – Heróis querendo pilhar o tesouro ou destruir o poderoso Zeek; b – Discípulos ou aplicantes a seguidores do glorioso galináceo; ou C... são cobradores.

O grupo estava certo que se respondessem “C” seriam alvejado por relâmpagos. Decide pelo “B”.

- Boa resposta. – fala Keith. – Mas imagino que se vocês fossem cobradores não diriam que são cobradores, então, respondam algo que só um digno com ... mente ampla e... a... Ah, só responda a charada a seguir:

 “Eu tenho dez ou mais filhas; Eu tenho menos de 10 filhas; Eu tenho pelo menos uma filha” Se só uma das três frases está certa. Quantas filhas eu tenho?

Um som de relógio correndo era ouvido. Os heróis debatem por um tempo. E decidem responder: “Duas filhas”.

- Resposta Errada! – fala Keith.

Um relâmpago parte da porta, escoriando os heróis.

- Bem, podem ser cobradores ou só maus alunos, então, vai a prova de recuperação...  –Fala Keith mecanicamente. – Última chance. Para que homem mesmo os ricos, pobres, reis e generais tiram o chapéu?

- Eh, para quem vai cortar seus cabelos? – arrisca Kenor.

- Resposta certa. – fala Keith. – Infelizmente, vocês podem entrar.

A porta se abre... Mas eles eram esperados.

Belial reconhecia aqueles olhos vermelhos. Aquelas vozes... Aqueles movimentos erráticos de cabeça... Mas só agora via os bicos e penas.

Eram galinhas emplumadas, com as asas segurando – de alguma forma – varinhas mágicas. Eram os Servos de Zeek, transformados em galinha. Mas ao seu lado, duas criaturas de pedra de grande porte, com um medalhão no peito e um grande escudo. Eram Guardiões-escudos. Belial sabia que a magia que os animava era poderosa, e que eles possuíam algum encantamento estocado para uso em combate.

Mas com o alarme dado, não havia surpresa. Começou o combate.


Um dos guardiões abre seu encantamento. Um feitiço que reduzia a passagem do tempo. Todos os heróis viram um relógio fantasmagórico verde flutuando sobre sua cabeça... e o tempo parecia acelerar. O ar parecia melaço. Seus movimentos eram extremamente lentos, só podendo escolher entre se mover ou atacar.

Os frangos, a despeito de seu tamanho, possuíam grandes poderes mágicos. No decorrer da luta, um cone de gelo derrubou Turko, congelando-o numa pedra de gelo, e enfraquecendo Kenor. Mas o grupo persistiu. Usavam a grande força de UCLA, e a capacidade de Belial impedir a regeneração das criaturas. Logo, os guardiões-escudo caíram. 

Elak, convocado por Kenor, atinge um laser ocular certeiro no frango com maiores poderes, e ele se transforma num frango assado. O último, vendo-se acuado, decide ficar invisível para escapar, mas Elak o vê também, pisa em sua cauda. O frango enfim fala que se entrega.

Vasculhando a sala, Kenor encontra os pertences de Ucla, uma faixa para guardar objetos, uma clava pesada, e a empunhadura de espada. Ao segurá-la, Kenor acidentalmente aciona a Espada de Thundarr, cuja lâmina era de luz solar sólida. Um poderoso artefato capaz de cortar qualquer coisa. Ele usa-a para descongelar Turko.

Mas como ninguém pensou em desarmar o frango que capturaram, o servo de Zeek usa um encanto de Passo Enevoado para escapar de Elak e corre pelas escadarias.

Ele urra de dor ao acionar a armadilha do último degrau, mas consegue fugir ainda assim.

6 – contra o Frangolich

Os guardiões de Zeek deixaram a porta norte destrancada. O grupo se recupera na antessala do salão do trono do Frangolich. Curam seus ferimentos, preparam-se como podiam, e invadem o salão do trono.

Era um salão amplo. Mais dois dos guardiões-escudos estavam lá... e detrás de um globo de invulnerabilidade, o poderoso Zeek, o Frangolich!



- Os Invasores! – urra na sua voz esganiçada o frango-morto-vivo. – Destruam-nos! Destruam-nos!

Um novo embate se dá. Os Guardiões-escudos não eram mais surpresa ao grupo... Contudo, Zeek era muito mais poderoso que seus servos. Os ataques contra seu globo se mostraram inúteis, até que Kenor usa da Lança do Leão Azul. Ele ignora e atravessa facilmente a defesa. Só não atingiu o Lich por um probleminha de mira do Cavaleiro. 

Zeek coloca uma Muralha de Fogo entre ele e os combatentes. Ele recupera um dos guardiões que estava prestes a ser destruído com um encanto á distância. Belial sentia o tempo lento para ele e seu Ucla possuído. Decide que se soltasse o Ucla na frente do frango, a mentalidade inconsequente do monstro o jogaria contra seu sequestrador. E teriam um combatente a mais no campo.

E realmente o fez. Ucla nem hesita com a muralha de fogo e parte contra o Frangolich...

... Infelizmente, a muralha de fogo foi demais para ele. Ucla entra em combustão e cai no chão berrando.

Turko, se apiedando da criatura, atravessa a muralha, quase cai também. Estende a mão e consegue começar a curar Ucla. 

Com um novo ataque de lança de Kenor, o frangolich percebe que a ameaça estava chegando perto demais. Ele teleporta-se para a câmera norte. Turco percebia que ele recolhia o que conseguia de seu tesouro particular. Sem o mestre, o guardião-escudo cessou seu ataque, mas a muralha de fogo ainda ardia. 

Turko tenta sua magia contra o frango, que se defende bloqueando com uma varinha. A magia do Frango era demais para o trollano. Zeek faz um novo teleporte para a Sala ao sul, onde um portal já o aguardava em um espelho transdimensional.

Embora fosse tão poderoso quanto Esqueleto avisou, o espírito de luta não estava com Zeek o frangolich. Ele preferiu abandonar o que não pode carregar, e saltou no portal.

Bem, era a missão dos heróis... mandar o frangolich para longe do Terceiro Mundo.

8 – O Espelho dos Mundos

Ucla e Belial reconhecem aquele mundo que aparecia no espelho que Zeek atravessou. Era um mundo estranho. Parecia a Terra, que os Cavaleiros viram nos domínios de Crysálida... Mas tinha uma lua partida. Ucla reconhecia aquele apocalipse como seu lar.

Kenor devolve a Espada de Thundarr. Feliz, Ucla abraça o selvagem e o ergue, fazendo todos os seus ossos estalar.

Enfim, Ucla se despede dos heróis – felizmente ele não recordava da possessão de Belial – e atravessa o espelho. Mas seu braço volta, e dá um soco, quebrando o espelho por dentro, para que jamais seja usado para sequestrar personagens de outros desenhos.

7 – Os aposentos de Zeek

O Frangolich não teve tempo para recolher seus itens pessoais. Deixou para trás algumas joias, uma espada mágica, um livro com uma inscrição indecifrável, e uma varinha de condão.

Turco se empolga e apanha a varinha. Ela era genuína. Tinha grande poder mágico próprio... Mas transforma imediatamente quem a segura em um frango.

Turko a solta, mas a transformação parecia permanente.

O grupo ainda discutia o que fazer quando o crânio ilusório do Esqueleto começava a aparecer. A imagem era tremida como se ele estivesse em um terremoto.

- Alô heróis! Respondam seus fuinhas! – resmungava o vilão. – Tem um robô vermelho e azul, com um thunderiano com trabuco atirando em minha fortaleza! Já terminaram o serviço!

- O Frangolich fugiu para outro mundo! – informa os heróis.

A imagem treme mais intensamente.

- Ainda tem um frango aí, atrás! – aponta o Esqueleto.

- Esse é o Turko! O Turko foi amaldiçoado pelo frangolich!

Esqueleto começa a gargalhar. “Estou tendo um grande dia! – fala ele. – O pior é que nem o Zeek sabe como quebrar essa maldição ... mas EU sei!

O Homem-fera podia ser ouvido, dizendo “Eles pegaram o Aquático!”

- Eu prometo que revelo como desfazer a maldição se vocês forem até o Rei Blod e o livrarem do pacto!

Desta vez os heróis viram que era mais urgente ao Esqueleto se livrar dos atacantes do que aos heróis. Então eles não concordam. Eventualmente o senhor da Montanha da Serpente desiste e fala:

- Basta COMER um ovo. 

Turko saca de seu chapéu um ovo cru, e quebra em seu bico. O ato repulsivo, beirando o canibalismo, desfaz a transformação e Turko volta a ter braços... E não ter pernas. Ainda tinha a varinha, mas sabia que quem a usasse seria amaldiçoado.

V – De Volta à Montanha da Serpente.

Esqueleto abre o portal. Os heróis se viam de volta à montanha da Serpente. O ataque, aparentemente, tinha cessado. Alura estava lá, assombrada.

- Seus amigos estão lá fora, esperando. – fala o Esqueleto. – Eu cumpri minha parte do trato, o que não é muito comum. Agora, saiam de minha propriedade. E não garanto que seremos aliados se voltarmos a nos encontrar!

Os heróis e Alura precisam passar pelos corredores sinistros, sob o olhar desaprovador dos servos de Esqueleto ainda acordados. O Homem-fera, em particular, ameaçando Glob e Elak, fazendo Kenor os abraçar como um pai aos filhos.

Do lado de fora, Optimus Thunderprime e Hunk, o paladino do Leão Amarelo os aguardavam. Hunk informa que Após serem presos, Alura chamou por ele. E no deserto, Optimus se revelou. Os dois seguiram o chamado de Alura, após deixar Bronthodox no palácio de Etérnia.

Optimus não estava confortável, se revelando não só a Hunk como a toda Montanha da Serpente, mas ele devia aos heróis. Também afirma que viu o bravo Belial lutando sozinho contra os Mestres do Mau, impressionando os companheiros, que jamais imaginavam que havia aquilo na foice. “eu não tinha o que fazer...” falava o artefato.

 Uma breve discussão sobre o que fazer então. Kenor lembra que eles tinham uma audiência com o rei na manhã – e já era tarde da noite. E queria ter acesso à Feiticeira de Grayskull. Mas Belial tinha planos próprios “Com Hon-sa”, conforme ele falou. Despediu-se do grupo ao chamar um teletransporte de volta a Thundermoon. Os demais agradeceram Optimus e Hunk pelo “resgate”, mas não mencionaram o que descobriram da Cabala de Mum-ra. Foram deixados em Ethernus, enquanto Optimus foi levar Hunk de volta a Felis Qard.

Tudo estava bem em Etérnia...


... Ou será que não?

¹ Sim, nisso o esqueleto não mentiu. Trolanos são caóticos e indecifráveis! 


https://www.youtube.com/watch?v=4yFBAj3SyeA


11 de setembro de 2020

[D&D 5e] Largada no altar

 Foi uma one-shot. Tínhamos o mestre e 3 players.



Um deles, para tirar da trama logo, era o típico cara cujo roleplay se resumia a “E o que eu ganho com isso?” ou alguma varação. Sério. Se a môça da taberna se insinuar a ele, ele solta um “E o que eu ganho com isso?”. 


Bem, o segundo personagem é de um jogador que sempre acha formas de ter uma CA (Classe de Armadura; proteção contra ataques normais) altíssima mesmo em baixos níveis. Ele sacrifica causar dano, ter perícia, e tudo mais para ter uma C.A. 19. Claro, este personagem feito tinha isso também... Desta vez era um “guerreiro das correntes farpadas”. Não sei se era um homebrew ou como ele conseguiu personagem tão peculiar, mas teve duas consequências:

1 – ele tinha seu preciosíssimo C.A.19;

2 – Imediatamente, ele se tornou Andrômeda, de CdZ.

O narrador mesmo ficava frustrado, pois precisava colocar ameaças que passassem essa CA absurda, o que prejudicava os demais jogadores.

Enfim, meu personagem: Usei uma paladina inspirada em uma Valquíria que quis introduzir a Meliny (cenário que colaboro a décadas). Era a única ficha de nível 4 que eu tinha em mãos, e era uma one-shot. Decidi usar para testar. Não era a composição mecanicamente melhor, mas era bom testar um paladino no novo sistema. Enfatizando: Era uma paladina mulher fêmea de carisma 16. Fique claro isso.

Enfim, o Narrador dá o panorama da aventura: Nós éramos heróis nativos desta cidade-estado e estávamos fora por 4 anos. Evoluímos lutando juntos e agora estávamos regressando a nosso lar quando "Plot" aconteceu.

Tivemos uma parte 1 aprendendo o que mudou na cidade nesses 4 anos (e o 1º jogador perguntando o que ganharia com qualquer coisa... Quando não estava roubando alguma loja). Uma parte 2, entramos em combate contra um exército invasor (adivinhe quem pediu para ser pago?). E logo, descobrimos que para manter a segurança e a bonança de nosso lar (e... receber!) teríamos de viajar ao “Dungeon x” para a conclusiva parte 3.

Então, após o primeiro dia de viagem e um combate de encontro aleatório, fomos para o primeiro (e único) descanso longo. Foi quando eu decidi usar um encantamento/ritual que eu coloquei na minha lista... Por mais do que meu buff para a luta final.

Perguntei ao "Andrômeda" há quanto tempo nós lutávamos juntos, como se eu não lembrasse. (4 anos, por causa do bg dado a nós). E perguntei se confiava em mim como companheira de armas. Ele disse que sim.

Então eu fiz a proposta: “Eu conheço um ritual que concede poder aos participantes. Só que eu preciso confiar naquele com quem eu compartilhe o encantamento. Enquanto lutarmos juntos, teremos maior força que separados.”. Fui vago usando como desculpa manter a imersão. Não dizer "Vou lançar uma magia do terceiro cíclo".

- Ah, safado! – reclama o narrador, quebrando a imersão. Eu já tinha falado desse “trote” que eu queria fazer em outra mesa, peguei mesmo ele de surpresa, mas ele percebeu. – Putz, ele vai ficar com CA 21! Eu vou aumentar o poder do monstro se fizer isso! Tô avisando!

Mais que a minha roleplay, a possibilidade da proposta, e qualquer coisa mais, creio que o CA 21 fez Andrômeda ficar ouriçado.

- E o que eu ganho com isso? – pergunta... Vocês sabem quem.

- Desculpe companheiro. – Falo eu. – Mas eu preciso confiar naquele que eu lanço o rito. Sua tendência a pensar na moeda o torna um candidato inadequado.

Andrômeda, enfim, inclina positivamente. “Dura sete dias o efeito!” fala minha paladina. “E era uma one-shot” - insisto eu, em off, para consolidar. Então, ele concordou. O “o que eu ganho...” seria a testemunha – e seria pago por isso – e enfim, eu selo:

- Agora, eu vou repousar e preparar o rito. – anuncio. - Tenho o pó em prata para a cerimônia. Deem-me espaço, pois dá azar que eu seja vista antes da manhã.

- Ué? – brinca Andrômeda. – Essa coisa é o que? Casamento?

- Sim. – respondo secamente.

Silêncio na mesa.

O Narrador explica, em meu nome, que há uma nova magia no D&D 5e de clérigos e paladinos chamada “Cerimônia” que possui múltiplos rituais que concedem benefícios. Um deles, era o Matrimônio. 

Imediatamente, o jogador do Andrômeda berra: “NÃÃÃÃO!!!”. 

O cara do “O Que eu Ganho...” e o narrador gargalham com a reação. Isso provoca outras interjeições negativas do Andrômeda.

- Cara, não está casando COMIGO! – eu falo, mas rindo tanto quanto os outros dois. – É com uma paladina carisma 16 que você conhece há 4 anos!

- “Nããããããããã...” – insiste o Andrômeda.

Depois disso, convenientemente, o microfone dele falhou. Mas ele continuou postando “Nããããão!!!” no texto.

Pelo menos 1/5 do tempo da aventura foram nós rindo da situação. 

Não preciso dizer que na, manhã seguinte, minha paladina jogou os 1000 P.O. de pó de prata, estava com um véu, e ficou no altar.

Reencontramos Andrômeda na entrada da dungeon. Eu estava com a interação de uma mulher largada no altar, mas dedicada a salvar a cidade. O microfone de Andrômeda voltou a funcionar, e ele começou com a desculpa de que “Achei que o ritual durava 7 dias para lançar, e a gente não tinha esse tempo!”. Ceeerto. Nem tentei fingir que acredito.

Normalmente eu proporia de novo... Mas a Dungeon estava difícil de passar, e eu estava concentrado na administração de magias e PVs. Eu realmente podia usar um +2 no CA...



10 de agosto de 2020

ATO II TOMO VII - OS CAVALEIROS '80

Sheyla & Belial foram de Patrulha do Vento de Thundermoon ao Palácio de Eternus, sede do poder dos povos livres de Etérnia. Belial sentiu que algo mudou na adolescente. Ela parecia mais confiante... No passado, ela tinha grande medo da foice, que a feriu letalmente no mundo perdido.

 Então, ela começa a falar como achou o príncipe Adam cativante, e que sabia da história da astronauta perdida que viria a ser rainha. E realmente começou uma tempestade de small-talk, que rudemente a foice pediu para parar.

 Sheyla atendeu ao pedido.

(...)

 O que deveria ser só um chá se tornou um evento da manhã inteira. Belial poderia tentar imaginar o que pessoas de gerações díspares discutiam, mas não. Preferiu vistoriar aquele enorme palácio avermelhado. No tempo da Rainha dos Malditos, Grayskull era o trono de poder do terceiro planeta... A mudança para aquela enorme aberração tecnológica desagradou a foice.

  Heróis e Mestres de todas as partes do mundo vieram para se inscrever nos "Jogos Eternianos". Evento com um peso importante no destino do mundo... Peso que Belial ignorava propositalmente. Não viu também o rei - que recebeu no mínimo duas delegações de governantes. Um, de muito longe. Outro... Perto demais.

 Enfim, após a guerra em Etéria. O Príncipe Adam e o restante dos cavaleiros se reúnem no palácio. Um guarda informa a Belial, que a contra-gosto ruma para se encontrar com o grupo.

 Eles tinham planos. Conhecer a capital, discutir as descobertas no planeta-irmão, e ver com Hon-sa o que ela descobriu em suas investigações. Acreditaram que atendendo ao último poderia dar início aos demais. Adam leva os heróis ao salões dos rádios. No caminho, percebem o grande número de Catfolks que viam nos corredores - além de famosos como Aríete e o Multi-faces. Adam explica que muitos vieram a Etérnia se inscrever nos Jogos Eternianos... E o próprio Chefe Carnivus, um dos reis dos Catfolks, faria uma luta-final. Era o aguardado duelo entre ele e Lion-o, que decidiria o destino dos thundercats e Etérnia.

 Kenor percebe que um dos felinos o olhava com interesse. Ele logo desaparece num corredor entre outros... Só pode constar que ele tinha um porte volumoso.

 Hon-sa é fácil de contratar. Ela explica que realmente alguém oculto fez uma ousada manobra e roubou algo da carcaça do "Nomeio Depois" em plena reentrada controlada... E saiu de dentro dele com algo assombroso: Podia ser um míssil ou uma nave de pequeno porte... mas não só sobreviveu funcionalmente à implosão que colapsou um galeão encouraçado, como rompeu sua carcaça externa.

 Hon-sa disse que iria investigar um pouco mais, mas estava lidando com um hábil piloto e sucateiro, temia não conseguir seguir a trilha de ions. Kenor disse que poderia ajudar, que parecia ser perigoso, mas Hon-sa aliviou os heróis, lembrando que ela tinha uma nave-robô gigante e que Gungyver já estava dando cobertura a ela.

 Hon-sa também mandou uma mensagem particular a Belial... Algo que ele aguardava ha muito tempo. Isso provocou alguns desconfortos quanto a segredos. Kenor perguntou de Alura, revelando que sabia que ela havia entregado algo á sacerdotisa. Hon-sa confirmou, dizendo que era um soro que ampliava os traços animalescos de um thunderiano. Kenor fala que ela estava ligada a uma entidade poderosa, coisa que Hon-sa dizia desconhecer. Deduziu só que uma Thunderiana sob efeito do soro se passaria facilmente por um Catfolk...

 E então, ela percebe que alguém olhava o grupo.

 O mesmo misterioso felino esconde-se de novo, mas agora o grupo inteiro estava notando. Bronthodox decide confrontá-lo, e todos fora Belial e Kenor ficam para traz.

 

O Catfolk em questão era enorme. Não musculoso, mas visivelmente forte, mais do que o padrão... Mas também parecia bobo e infantil... Tal qual o brontossauro.

 


 

Ele gaguejou, meio deslumbrado com os heróis, e não terminava uma frase coerentemente. Mas aparentemente ele tinha "um recado para Kenor... Na verdade, dois, só que um era dele e o outro era outro, e achava que era melhor não dar o outro, então, volta a ser um recado só"... Confundindo os Cavaleiros, mas deixando aparente que não era um "gênio espião".

 

Mas o recado parecia perigoso: "Ela não vai mais voltar".

 

O grupo decide chamar Kenor.

 

Na presença do ex-selvagem, O felino - que se apresentou como "Hunk", Catereiro da comitiva de Carnivus - diz a Kenor: "Olha, A moça Alura está bem, está sendo muito bem tratada, tem comida, livros, mas... Ela não vai mais voltar. Se perguntarem, só peça para seguir a vida".

  O grupo ficou surpreso, e exigiu mais informações de Hunk, e conseguem filtrar do felino que usando o soro fornecido por Hon-sa, e descobrindo a localização secreta da cidade de uma forma que Hunk nem imaginava qual, Alura invadiu a cidade proibida de Felis Qard, lar dos Catfolks. É uma cidade escondida por poderosa magia, e que ninguém exceto os Catfolks poderia ser capaz de encontrar.

  Hunk ficou amigo dela, embora desaconselhasse que ela permanecesse lá. Ela falava que queria conhecer o "Leão Amarelo" - o deus a quem os Catfolks atribuem terem conseguido fugir de Thundera na Era de Mum-ha - E eventualmente abusou da sorte e foi capturada pelos reis, e sentenciada a prisão perpétua na cidade.

  Os heróis ficaram horrorizados. Decidiram intervir com o Chefe Carnivus, a quem sabiam estar no palácio, o que levou Hunk ao pânico.

 - Não, vocês não podem! Se ele souber que vocês sabem, ele vai saber que eu contei a vocês! Pô, ela entrou num lugar proibido! Deixa para lá! Ela vai viver bem!

  Bronthodox decidiu dizer que havia outras ameaças, como o Comodoro Filler. O que Hunk respondeu.

 - O velhinnho de tapa-olho e perna de pau? Ele já foi embora ha algumas horas.

  Os Fillers estiveram em Etérnia?!? Segundo Hunk, ele teve uma audiência com Randor e outros reis. Aquilo era preocupante, mas não tanto quanto a sacerdotisa prisioneira.

  Kenor decide mostrar sua lança, com o símbolo do Leão Azul. Aquilo impressionou Hunk. Bronthodox fala que conhecia lendas por muitas terras que adoram a um leão guardião, mas varia as cores, só que acreditava ser uma mesma entidade. Kenor diz que não, cada Leão era uma entidade separada. Hunk fala saber da história dos leões. E que havia um terceiro, o Verde, que viajou entre dimensões com uma outra tribo - os Magicats - na mesma época que os Catfolks foram a Etérnia.

 No meio da conversa, Kenor percebe que Sheyla invisível nas imediações havia se juntado ao grupo, e ouviu parte da história, para o desespero de Hunk. Ela censura não ajudarem a sacerdotisa e recomenda que o grupo parta o quanto antes. Ela precisava voltar a Thundermoon porque Hon-sa a chamou, mas deixa algo para ajudá-los na missão: sua capa da invisibilidade.

 Belial percebeu algo: Ele conseguiu ver Sheyla da outra vez pela assinatura de calor... Mas desta vez, ele não pode.

 Hunk sente que o grupo não ia deixar aquele caso em paz, e no fundo se sentia culpado e responsável por Alura. Devide então fazer um pacto.

- Vocês tem moedas de ouro?!?

O grupo não estava acostumado a ter dinheiro em espécie desde que conseguiram replicadores como a Nanoforja. Mas felizmente tinham adquirido o tesouro do “Nomeio Depois”. Bronthodox tinha exatamente quatro Filerdobrões consigo. Hunk pega-os

 - Eu levo vocês a Feliz Qard, mas tenho três condições: Ninguém será machucado; Vocês não vão falar em hipótese nenhuma com Carnivus, e a mais importante: Se der algo errado, NÃO ME ENVOLVAM!

Todos concordam.

Hunk diz que precisariam cruzar o deserto em um veículo terrestre. Não podem simplesmente voar até a cidade secrete... E com um grupo grande como aquele, com um dinossauro gigantesco, só imaginava um veículo bom o suficiente para a jornada... Que felizmente estava na garagem do palácio.

 

 

Belial e Bronthodox não conheciam aquele veículo, mas os heróis já cruzaram caminho com ele no passado.

 - Vocês são amigos do Príncipe Adam, não são? Para pedir desculpas depois? - Hunk pergunta. - Eu o vejo pegar esse tanque , dar algumas voltas ao redor do castelo, e guardar. Que desperdício de um Tanque thunderiano!

 Kenor pousa a mão na "pata" do tanque em sinal de respeito. Hunk interpreta com admiração e "abraça" a outra sussurrando: "É uma belezinha mesmo"!

 (...)

 No caminho, Kenor repete a história de Hunk disfarçadamente, para informar o "aliado secreto", e pedir orientação. Hunk interpeta por confusão e tenta participar na conversa.

 - Bela lança você tem... - Hunk tenta uma aproximação. - Posso te chamar de "Lance".

 - Não. - Kenor fala secamente.- meu nome é Kenor.

 - O-okey... - Hunk se cala constrangido.

 Já dirigiam por algumas horas quando percebem que foram avistados. Três veículos se aproximavam... Eram MUTANTES DEDE PLUN-DAH.

 


CHACAL, SIMIANO e o ESCAMOSO, líder dos mutantes no terceiro Mundo, inimigos de longa data dos Thundercats e dos thunderianos.

 Escamoso usava um veículo anfíbio, o Nose Diver. Com mísseis teleguiados ele atinge a lateral do Thunderprime fazendo-o tombar de lado. Kenor monta em Elak e parte em vôo na direção dos outros dois, voando em Sky Cutters, máquinas voadoras armadas com lasers.

 Turko conjura um relâmpago particularmente poderoso, que faz o Nose Diver de Escamoso mergulhar de nariz e ~explodir em faíscas elétricas~, e o mutante sair girando pelo solo. Estava fora de ação.

 Belial decide tomar a mente de Simiano, mas o gorila albino era um piloto muito bom. Consegue evitar o que ele interpretou como um ataque. O símio ainda aproveita e dispara contra a foice, atingindo-a. Belial é calcificada e cai fumegante em direção ao chão.

Ao mesmo tempo, Kenor atira na Skycutter do Chacal, danificando-a, e tirando de funcionamento o sistema de armas. Vendo-se ainda na luta, mas sem armas, o Chacal decide saltar de sua nave sobre o cavaleiro montado. Kenor, contudo, desvia habilmente, e Chacal se vê indo na direção do chão, uma queda monumental.

  Hunk olha Belial e Chacal em queda. Só tinha tempo de ajudar um deles... Decide pelo "aliado".

 Ele materializa em sua mão uma enorme minigun energética, e dela, um raio trator impede a queda da Foice, trazendo-a para perto de si.

 Turko lança um feitiço que dá a Bronthodox o poder de voar. Kenor pede que Blob, seu segundo herculóide com corpo plástico, projete-se para salvar e imobilizar o Chacal. A criatura faz isso, enquanto Elak segue perseguindo Simiano.

  Brontho alcança o veículo do gorila e se agarra nele, aumentando o arrastro e reduzindo a velocidade. O gorila ainda tenta fazer o dinossaucer largar, mas em vão. Enfim, Kenor vê a deixa. Faz a mesma manobra que Chacal tentou, mas com bem mais competência. Salta de Elak, agarra Simiano, tirando-o do guidão, e ainda cai de volta a Elak, imobilizando o mutante.

  Vendo Chacal, amarrado por Blob, na forma de um para-quedas,Turko decide invocar um redemoinho para girar o prisioneiro, deixando-o tonto. Infelizmente, o trote afeta Blob também. O herculóide acaba deixando Chacal escapar. O mutante saca a arma, de volta a ação... Mas não chega a disparar.

 

Ele desaparece em pleno ar.

 

Assim como o Simiano e Escamoso.

 

(...)

 

No interior da pirâmide negra, diante do Fosso do Desespero onde profusões profanas borbulhavam, Os três mutantes se materializam pouco acima do solo, e caem ruidosamente no chão!

 - TOLOS! - uma voz sombria e idosa pragueja contra eles. - Mais uma vez fracassaram! E nem mesmo foi para os malditos Thundercats que perderam a luta e a honra!

 - P-p-perdão, ó poderoso! - Escamoso, apavorado, se desculpa. - Os Cavaleiros de Thundermoon são poderosos também! Veja os feitos deles, ssssim?

 

- Talvez tenha razão, Escamoso! - a voz ríspida articulava cada sílaba do nome do líder mutante. - Creio que na próxima tentativa eu deva ir junto!

 

- Ssssim, mestre! - Escamoso fala contente. - Nós adoraríamos ter nossa revanche!

 

- Não seja pretensioso, Escamoso! - aquele vulto mínimo e decrépito, envolto num manto vermelho-sangue com poucos vislumbres de carne podre e fachas de múmias ri com descaso. - Eu não levaria perdedores como você, tendo acesso a verdadeiros mestres do Mau.

 

 Duas figuras emergem das sombras atrás de Mum-ha... Qualquer um dos dois levaria terror aos mutantes em igual nível que o próprio Mestre.

 

(...)

Hunk procura por naves que explicassem o teleporte, mas Brontho diz que acreditava ter visto um efeito mágico de invocação alhures. O Catfolk diz que enquanto estivesse no deserto, os mutantes poderiam voltar, mas na barreira de Felis Qard estariam protegidos.

Bronthodox não tem dificuldade em desvirar o thundertanque, mesmo se Hunk não o ajudasse. Mas percebe que para alguém tão pequeno, ele tinha considerável força física. Kenor também demonstra interesse em Hunk, pois viu que ele conjurava uma arma, similar a como ele fazia com a Lança do Leão. Mas agora, era Hunk quem o ignorava.

Eventualmente eles se aproximavam do que parecia ser uma tempestade de areia. Hunk para afastado e oculto entre dunas. Diz que iria à frente ver se tem guardas, e se estivesse tudo limpo, chamaria o grupo.

Assim que o felino se afasta, o tanque decide que era hora de conversar. Bronthodox se assusta quando o tanque começa a se levantar sozinho, e fazer braços, pernas e cabeça emergir numa nova configuração.

 

 Optimus Thunderprime estava escutando os apertos do grupo, e esperou poder se revelar para falar com os amigos. Brontho já havia ouvido falar dos Cybertronianos, embora achasse serem lendas. Optimus demonstrou saber bem quem era o diplomata.

 Mas ele conta uma história. Uma história de Voltron.

Os Cybertronianos acreditam em treze divindades chamadas "Primes". Dois deles - mais especificamente a Sétima e o Oitavo; Nexus e Onix - Se uniram, e dessa união surgiu um poderoso guerreiro. Onix era o primeiro Beastformer, ligado espiritualmente às criaturas da criação, e Nexus era a senhora do Enigma da Combinação, que faziam muitos serem um, e um ser muitos.

 Batizaram seu poderoso filho de Voltron, que tinha o dom de se transformar em bestas e dividir. E ele escolheu cinco leões com cores singulares.  E se nomeou o defensor do Universo, e foi uma poderosa arma na guerra contra Unicrom.

 Assim como os demais Primes, Voltron foi traído pelo Décimo Segundo - o Fallen. Este, amaldiçoou Voltron, separando-o na forma dos leões e lançando-o para os confins do universo. De guerreiro, ele passou a ceder seus poderes quando necessário às criaturas ligadas a ele em sua beastform. Só recentemente descobrimos ser a antiga Thundera, lar dos Thundercats, dos Catfolks e dos Magicats. Optimus estava consciente do Leão Azul, mas a conversa de Hunk deixou claro que múltiplas tribos que fugiram de Thundera - na Guerra antiga ou na recente explosão - foram auxiliadas por um dos leões.

Enfim, a lenda cibertroniana dizia também: "Quando os Quatro leões - Azul, Vermelho, Amarelo e Verde - se apresentarem no palácio dos Leões, o Leão Negro seria revelado, e Voltron ressurgirá".

Havia coasão entre as versões de bronto e Kenor. Eram múltiplos leões, mas Também era uma única entidade!

Optimus não pode falar mais, pois Hunk se aproximava. Ele se transforma de volta, e o grupo segue o Catfolk.

(...)

Hunk guia o grupo até as proximidades da tempestade de areia. Quando ele toca no que seria o vento, uma barreira ilusória se apresenta, com um campo de força por detrás. Hunk precisa se erguer para fazer uma “abertura” por onde os demais atravessaram. Kenor observou o padrão hexagonal do escudo que protegia a Floresta do Leão Azul.


A cidade murada em padrões geométricos era apinhada, mas organizada, em padrões quadrados, com o mesmo concreto de areia do deserto compactado formando ruelas estreitas, palacetes e as casas. Haviam três exceções óbvias: Um templo fortificado no sul, junto á enorme plantação de grãos e uma arquibancada a céu aberto; um intrínseco castelo cheio de torres e abóbodas, mas sem janelas visíveis... E a enorme pirâmide zigurate no extremo oposto da cidade, além das muralhas. Tudo envolto pela barreira, que do lado de dentro deixava o sol brilhar, embora fosse bem mais frio que no deserto. ”É lá que o Leão Amarelo descansa, segundo a fé do nosso povo”, diz Hunk, apontando a pirâmide.

Hunk guia o grupo pelas ruas vazias até seu estabelecimento que seguia a mesma estilística, mas era ligeiramente maior que as casas normais. Havia um salão com muitas mesas, mas estava tudo vazio agora. O grupo podia sair das ruas, e Hunk repete o plano que discutiam no caminho:

- Sempre que Carnivus deixa a cidade, o Rei Paw dá uma festa. Podemos nos aproveitar da confusão e nos misturar.

 “ Quanto à aparência de vocês: No palácio do Rei Paw – Ele aponta para o castelo sem janelas – tem uma Fonte dos Desejos. Não se impressionem com o nome: Ele só faz mudanças cosméticas e temporárias. Um desejo por moeda de ouro, independente do valor da mesma. Eu penso em fazer um desejo que dê a vocês a aparência para não chamarem a atenção. Acho que a foice não seria identificado... Mas o dinossauro seria um problema.

O grupo debate. Eles trouxeram a capa da Sheyla, poderiam tornar Bronthodox invisível, mas ele ainda poderia esbarrar em pessoas. Após algumas discussões, Hunk faz as contas e acha que se usar um desejo para ENCOLHER Bronthodox a dimensões normais, um segundo para a aparência de catfolk, restaria dois desejos para Turko e Kenor. Belial deveria ser contrabandeada na lábia.

Hunk aponta a cozinha. Diz que vai preparar algum alimento para justificar ele ter acesso ao palácio e ao Poço dos desejos. Instruiu que aguardassem alguns minutos, quando a aparência do grupo mudasse, e poderiam ir. Só reforçou para NÃO falar com os reis e “NÃO ME ENVOLVAM!”

O anfitrião aponta as facilidades da cantina dele... Indica a dispensa, mas imediatamente se arrepende, e pede que não entrem lá.

Turko percebe algo na voz do Catfolk, mas nenhum de seus companheiros compartilhava sua curiosidade. Com o grupo debatendo estratégias no salão e Hunk na cozinha, ele parte para a dispensa.

Com a Sabedoria dos Dragões, Turko consegue divisar facilmente uma PASSAGEM SECRETA entre alguns potes de conserva. Uma parede ilusória, similar ao efeito que criava a ilusão da tempestade de areia. Era um corredor escuro, uma escadaria sobre um vazia. Não sabia se era uma obra suntuosa e ao mesmo tempo desnecessária, ou era uma outra dimensão ou semiplano.

Eventualmente, Turko se viu numa plataforma, a princípio escura... mas em poucos instantes após sua chegada, se ilumina por dois feixes de luz, vindo dos olhos de uma criatura colossal e robótica a encará-lo...


O Leão Amarelo não dá alardes nem agride o trolano. Mas perde o interesse após algum tempo. Turko não estava acostumado a ser ignorado. Conjura uma bola de lã e faz palhaçadas tentando uma reação. Tal qual um preguiçoso gato doméstico de 25 metros de comprimento, O Leão se deita com mínima atenção ao estranho.

Passos são ouvidos nas escadas. Turko teme. Pergunta ao leão se quem vinha lá era amigo ou inimigo... O leão ignora indolente.

Tenta em vão se comunicar com a fera... E acaba sentindo um gelado e metálico cano duplo frio colado na nuca.

- O povo precisa acreditar que o leão está na Pirâmide! – Hunk fala. Nunca até então ele parecia tão seguro... E parecia até mesmo Bravo.

(...)

Após algum tempo, Turko volta. Depois, Hunk, completamente suado, mexendo uma bacia com algum caldo quente e cheiroso. Disse que ia partir e que esperassem o efeito do Poço dos Desejos. E novamente falou que não queria bagunça na despensa dele.

Dito e feito, após alguns minutos, todos percebem uma imagem fantasmagórica recobrindo seus corpos. Era mais crível ao observador externo. Bronthodox se sentia desconfortável, acostumado a ver todos de cima. Turko parecia um gato laranja gordo, mas flutuava com pés mortos sem tocar o chão. Pensa em criar uma história que explica seus poderes.

Sem mais preparativos, o grupo parte para o palácio de Paw



1 – As escadarias

Havia fezes de camelos e pegadas não-humanas no ambiente. Ou uma alcateia de grandes felinos veio à cidade, ou uma população considerável entrou no palácio. Intimidantes escadarias circulares guiavam a um elevado, no qual portões de carvalho com 12 metros de altura esperavam. “Bronthodox poderia entrar sem problemas”! Turko sussurra.

As portas estavam abertas. Os heróis adentram um novo jogo de escadas. Ouviam uma suave melodia, e sentiam cheiro de incenso.

2 – Salão de Entrada

Sem janelas, a câmera era escura e fria. Aquilo era compensado com braseiros - Não qualquer braseiro – instalados em seis colunas, divididas em duas linhas, guiando pelo salão até uma enorme pilha de engradados, caixas, armas e oferendas. Diante da pilha, um grupo aguardava. Dois catfolks vestidos de beduínos: Um tocava uma lira, sendo acompanhado por uma odalisca com um pandeiro. O outro trazia um odre de vinho.

Os Felinos estavam visivelmente “alegres” com o vinho, e impraticáveis para a função de segurança. Após uma breve conversa, os dois – Mojaba e Marga – Estranham não conhecerem o grupo, mas já emendam perguntando se eram caçadores e estavam fora há muito tempo.

Parecia que não seriam um empecilho, até que reparam Belial, a foice que Brontho usava como se fosse um bastão de andar, e fala que armas não eram permitidas. Deveriam deixá-la junto com as caixas e recuperá-la quando fossem embora.

Os heróis não conseguem uma ideia melhor para resolver o impasse, senão pedir que Belial tomasse o corpo de um dos guardas. A mente deles era frágil, a dominação não foi um desafio. Mas Belial também não conseguia articular uma desculpa para o segundo, sendo forçado a possuir o segundo guarda, mas libertando o primeiro assim. O primeiro sente o “vácuo de consciência” e pondera se bebeu demais.

Após algumas novas possessões e discussões entre os heróis, Turko é convencido a tentar conjurar ele mesmo uma ilusão para Belial parecer um bastão.  Sob protestos, o Trolano assim o faz.

Os beduínos confusos não pareceram reparar a estratagema do grupo, e permitem que eles passem... Mas ninguém estava dando atenção à odalisca.

(Nota do narrador: Definitivamente não planejei ser tão difícil passar pelos dois guardinhas bêbados!)

3 – “Capela da Terra”

Era o que dizia na entrada de uma enorme antessala circular, com passagem para sul, leste e oeste. A música e a agitação vinham inegavelmente do sul. Mas aquela antessala estava muito escura, quase que totalmente numa penumbra com a única fonte de luz os distantes braseiros no salão de entrada.

Andando um pouco, o grupo percebe que estátuas adornavam o lugar, e uma segunda odalisca estava lá. Deitada no centro, com risadas débeis, e forçando uma garrafa vazia a pingar em sua língua. Seu estado era pior que o dos demais.

Ao se aproximar dela, são percebidos. Ela comenta semiconsciente.

- Olha só... Ele me beijou!

E ergue seu antebraço esquerdo... Petrificado.

Kenor percebe uma criatura esgueirando-se desconfiada. Mas estava na penumbra. Só Belial tinha uma visão térmica do monstro. Era do tamanho de uma avestruz, mas tinha escamas no lugar de penas. E quando sua cabeça aparece entre as sombras, um raio tenebroso sai dos olhos, e atinge a odalisca caída, terminando de transformá-la em uma estátua de pedra.

Um olhar penetrant... Digo, PETRIFICANTE!

O ex-senhor dos herculóides reconhece o Cocatriz, uma fera capaz de petrificar com um olhar. Aquele exemplar era diferente dos naturais, era bem maior e mais robusto. E tinha uma “coleirinha”. Ainda assim o olhar de petrificação o tornava uma ameaça.

Bronthodox avança usando a foice-bengala Belial para tentar contê-lo. A fera foi mais ágil. Ele dispara seu olhar na foice. O encanto de Turco cai, e a foice se torna uma imóvel e inerte peça fossilizada.

Os heróis atacam com certa ressalva, mas eventualmente Turco acerta um encantamento do sono na fera, e ela cai no chão roncando.

O barulho atrai a atenção dos guardas na sala 2, que se aproximam com um braseiro para iluminar.

- O ... O que vocês fizeram com a Crocatriz do rei?!? – urra Mojaba.

- Ela já estava assim quando chegamos! – Bronthodox cmenta. Sua lábia de diplomata não vê resistência nos ébrios soldados.

- Ela petrificou um bando de gente aqui! – Kenor observa.

- Sim, é o trabalho dela! – Marja continua. – Quem passa da linha com a bebida fica preso como pedra por oito horas, protegido no casulo até a bebedeira passar! Acho que VOCÊS precisam da Croacatiz!

- Acho que a Croacatiz precisa da Croacatiz... – Mojaba retruca.

Os dois guardas ficam lá, tentando reanimar o bicho, dando aos heróis chance de irem à festa. Infelizmente (?) Belial estava fora de ação por algum tempo.

5 – O Grande Salão da Fuzarca!

Esta é a mais ampla área do castelo. É o epicentro do hedonismo e da celebração. Umas dúzias de Catfolks com vestes leves e ornamentos dançam, cantam e bebem. Mal os heróis colocam a cabeça, os foliões os puxam para um amplo mercadão com bebidas e alimentos. Um bardo de turbante – um gato particularmente gordo e elegante – toca uma viola que provoca a vontade de dançar em Kenor e Bronto. Turko é o único que consegue conter o rebolado. Aparentemente, era um encantamento inofensivo embora desconcertante.

Kenor parte para procurar Alura, achando que ela poderia estar na multidão. Acaba vendo Hunk, à distancia em uma barraca distribuindo seu “produto”. Ele até pensa em se aproximar, mas Hunk sinaliza que não, e aponta um outro catfolk nas proximidades. O Rei Paw em pessoa.

Tradução da globo: "Rei Patas".

Circulando um pouco mais, Kenor ouve sons de água. E acaba encontrando a fonte dos desejos.

4 – Capela do Fogo

Separados de Kenor, Turko e Bronthodox seguem um acesso de serviços que ligam o Salão de festas a uma capela ampla, com muitos assentos. Um palanque e uma mesa. Na mesa, o que parece ser um sacerdote dormia e roncava.

Bronto pensa em explorar os vários desenhos daquele lugar, mas começa a ficar sonolento. Precisa se esforçar para não cair no sono onde estava. Percebe que um vapor constante provocava o sono... Não sabia se era um ataque ou uma outra falsa armadilha de prazer ou relaxamento como a Croacatriz. Decide voltar.

6 – A Fonte dos Desejos

Kenor encontra a tal fonte dos desejos que Hunk usou para ajudar o grupo... Percebe que apesar da premissa, não era muito utilizada. Imagina que moedas de ouro não eram o dinheiro corrente em Felis Qard. Mesmo assim, ele decide tentar conseguir algumas com a população carnavalesca.

Acaba precisando trocar um beijo longo com uma gata velha e gorda por uma moeda.

Então, após ter certeza que ninguém mais estava na Fonte, Ele lança sua moeda, e deseja:

“Desejo que Alura seja teleportada para o meu lado”.

A moeda “quica” na água e volta para a mão de Kenor.

Ele tenta de novo. “Desejo SER TELEPORTADO para perto de Alura”, ele pensa. O mesmo acontece.

- Pense menor, garoto!

Kenor vê que alguém esperava sua vez na fila, um folião mais maduro. Com o cavaleiro confuso, aquele estranho se aproxima.

- Aposto que tem mulher envolvida, não é?

- D-de certa forma... – concorda o selvagem.

- Tipo, não deseje que ela, sei lá, “que ela me ame”. Pense primeiro que ela repare como você é boa pinta. Trabalhe mais indiretamente!

Kenor considera o que o folião intruso fala. “Desejo saber onde está Alura”, pensa em silêncio. E enfim, a moeda entra.

Kenor se vê fora de seu corpo, com a consciência expandindo por todo o castelo. Percebe-se olhando a área 8, um jardim interno. Uma jovem sentada num banco.

Ela ergue o olhar. Ela o percebe.

- Kenor?!? – espanta Alura.

O ex-senhor dos herculóides sabia agora onde estava a Sacerdotisa.

 

Antes de sair, Kenor vê o folião jogando uma moeda e desejando: “Que meu irmão esqueça a minha dívida”, e a moeda voltando, para sua decepção.

(...)

Brontho estava agindo muito estranho, completamente fora do controle depois de respirar os gases do sono da Capela do Fogo (nota: Não por orientação do Narrador). Acaba indo dançando com as folias que encontrava de volta à Capela da Terra (3). Lá, encontra Marga e Mojaba ainda tentando despertar a Croacatriz. O embaixador acaba provocando a foliã e leva um tapa, e tenta ir para a área 7. Os guardas se alertam e o intervém.

- Essa área é proibida!

- Eu quero descansar! – insiste o brontossauro.

- Vá para a Capela do Fogo! – eles apontam para a área 4.

Bronthodox, loucasso, decide voltar para o Salão de entrada. Lá tinha aquela primeira odalisca, que aceita dançar com ele.

(...)

Kenor e Turko comentam a descoberta no poço dos Desejos. Agora sabiam como chegar em Alura. Eles não mais viam Brontho, mas percebem Mojaba tomando um nojento beijo da gata gorda em troca de uma moeda para acordar a Croacatriz.

Era uma oportunidade, com os guardas ocupados. Kenor saca a capa da invisibilidade de Sheyla, Turko lança um encantamento de invisibilidade em si mesmo, e partem para alcançar o jardim em que Alura estava.

7 – O Poço das Sombras

Turko traduz a Kenor os dizeres naquela área: “Não entrem. Proibido”.

Dobrando um corredor e subindo um lance de escadas, chegam ao que parecia ser um sanctorium. Colunas entalhadas, mesas com tubos e papiros. Um enorme fosso no extremo leste, que parecia um espelho para o grande vazio. E no oeste, duas gaiolas... Uma de prata e uma de ferro.

Os cavaleiros invisíveis temem pelo que quer que aconteça lá... E tinham razão. Ao tentar passar para os jardins além daquela câmara, algo se meche no fosso. Dois enormes vultos semicorpóreos emergem do fosso e atacam os invasores. Eles claramente ignoravam a invisibilidade, mesmo a da capa de Sheyla.

Mas a lança de Kenor e as magias de Turko são mais que suficiente para revidar o ataque. Uma das sombras até tenta drenar a força de Kenor, mas é rechaçado. Da que Kenor destruiu, caiu um livro de encantamentos. Da de Turko, uma adaga negra. Os cavaleiros apanham os itens.

(...)

Enquanto isso, Bronthodox ouvia uma marcha pesada além dos portões do palácio. Também cornetas. Fica preocupado.

Mas já que dançava com a Odalisca, quis disfarçar. Os dois rodam pelas escadarias na direção da porta. Brontho pensava em se afastar, abir a porta e ver o que estava acontecendo...

... E até que consegue... Só que em algum momento da dança, a Odalisca colocou ALGEMAS nele.

O grupo ignorou a odalisca quando chegou, relevando sua ameaça em potencial. Só que Carnivus não era tolo. Após a invasão de Alura, ele deixou Kitrina, a grande espiã, para vigiar Paw e a prisioneira. Ela não foi enganada tão facilmente pelo grupo, que sequer se esforçou. Apenas enviou a mensagem para o Rei Militar e aguardou.


Brontodox sentia falta de ter seus seis metros enquanto olhava de cima para baixo aquele leão guerreiro. E assim que pergunta quem ele era, Brontho diz ao Rei:

- Eu sou amigo do Hunk.


(...)

8 – O Jardin de Alura

Kenor e Turko chegam a um jardim interno, com armário, uma cama de mogno, e uma Alura assombrada ao ver os dois materializar-se no ar. Ela estava grata, mas ainda preocupada.

Explica que as gaiolas eram para ela. Os Catfolks não costumam ter prisioneiro. Carnivus arrumou a gaiola de ferro, que a incomodou e a Rei Paw também. Então, comprou outra de prata, um metal “Mais bonito”, como se fosse melhorar o barbarismo. Enfim, decidiram provisoriamente usar um desejo para que ela não deixasse o jardim até que decidissem por algo melhor.

Mas com o desejo ainda ativo, Alura não poderia ir com o grupo... “Mesmo se eu quisesse”.

- Como assim? Você quer ficar aqui?

- Eu queria que HUNK me salvasse. – ela fala enfim. - Era o momento dele. Ele precisa aceitar seu destino, Kenor. Hunk precisa confrontar seus medos e o rei. Por isso me deixei capturar.

Kenor e Turko não estavam certos que poderiam fazer o que Alura pediu. Decidem deixar com ela o manto de Sheila, e disseram que iam desfazer o desejo que a aprisionava com outro desejo. Quando sentisse que estava livre, pediu que ficasse invisível e saísse.

Os Cavaleiros decidem voltar ao Salão de festas e pensar no que fazer... Foi quando constataram que tudo estava arruinado.

A CHEGADA DE CARNIVUS

Turko e Kenor percebem que o Chefe Carnivus já tinha capturado Bronthodox e Belial petrificado. Guardas estavam espalhados pelo Salão, e não havia mais música. Ele berrava: “HUNK! O QUE VOCÊ FEZ!?!?!”

Duas coisas que o cantineiro implorou: Não falarem com o rei, e não o envolver... e o Brontho faz os dois!

Bronthodox decide exercitar seu dom diplomático. Suas palavras acabam despertando a curiosidade de Carnivus. Mas Bronthodox pede uma audiência em particular com Rei Paw, que imaginou ser mais favorável que o rei guerreiro. Paw diz que os Dois reis de Felis qard eram iguais. Então, os dois o ouviriam.

Carnivus espontaneamente tira a algema de bronthodox, já que era uma audiência, não podia ser como prisioneiro. Brontho, querendo afastar os reis do salão para dar uma chance aos amigos, pede para ir a um lugar sossegado. Paw indica a Capela do Fogo, e para lá os três vão... Mas antes, Kitrina recebe um saco de moedas de ouro e ruma para o poço dos Desejos.

Kenor e Turko se misturam à população. Eles flagram Hunk, desolado, com as mãos na cabeça, praguejando o que aconteceria com ele quando Carnivus voltasse.

Os Cavaleiros sentam ao seu lado, e dizem que precisou de coragem para fazer o que ele fez. Mas precisaria fazer mais. Hunk diz que não queria aceitar essas coisas de “destino”. Não queria abandonar seu lar, e se expor aos perigos do mundo exterior.

Kenor fala que ele mesmo é um banido de seu lar. Que sabia que estava fazendo um grande sacrifício para proteger sua terra ao proteger o mundo e o universo. Hunk sente que o ex-selvagem poderia ser igual... Mas então, Kenor fala que “quando tudo terminar, ele poderia voltar para casa”. Parecia que Kenor estava em negação.

Mas Hunk tinha se escondido demais. Ele precisava fazer algo.

Ele se levanta, e ruma para a Capela do Fogo. Turko e Kenor seguem, dando-lhe apoio moral.

(...)

Antes de entrar na Capela, Rei Carnivus apaga um enorme incensário flamejante do acesso principal, desativando os gases do sono. Carnivus toma um assento na direita, Paw um da esquerda, e Brontho sobe o palanque, e senta-se no chão.

De forma devagar e prolixa ele fala do “grande escopo” e de “alianças com o mundo exterior”. Se era uma venda de sua causa, se era uma estratégia de enrolar, só ele sabe (sim, isso inclui o narrador). Mas no meio do discurso, ele sente algo na bunda.

Sua cauda parecia querer ressurgir.

Os Reis tinham noção de como aqueles intrusos se infiltraram. Deixaram Bronthodox fazer seu discurso, mas mandaram Kitrina ao Poço dos Desejos desfazer quaisquer subterfúgios que o grupo tenha planejado. Por pouco Kenor e Turko não são flagrados perdendo o disfarce em público.

Eventualmente, tudo acaba. Bronthodox infla seu tamanho real, para o espanto dos reis.

Devidamente apresentado, Bronthodox decide apontar para o que seria “uma “ameaça aos Catfolks” na forma do Comodoro Filler.

Carnivus informa que ele conheceu Filler. Ele esteve numa audiência com ele e Randor, em Etérnia. E ele falou muito do brontossauro, que “atirava em botes de fuga e ameaçava comer a cabeça de moças”. Aparentemente, ao desligar na cara do poderoso síndico do crime, Bronthodox atraiu um inimigo pessoal, que tinha poder diplomático para ser ouvido por reis.

Cansado da enrolação, Carnivus determina que era alguém que se diz amigo dos Catfolks, mas invade disfarçado uma cidade oculta, mente e trai, E tem um passado violento e sem honra.  Tudo o que temiam que os thunderianos trariam a Etérnia.

É quando, se esforçando para não gaguejar, Hunk chega com Kenor e Turko. “Os conspiradores estão todos aqui” – estende Carnivus. E chama-os de “amante de Thundercats” e “Servos de Mum-rá”.

Hunk diz que Alura e os amigos não eram invasores. Eles eram seus convidados.

Carnivus mostra os dentes.

- Só os reis e os sacerdotes podem convidar forasteiros, “Cantineiro”. – o rei fala como se fosse uma palavra pejorativa. – Você abandonou quaisquer privilégios quando escolheu ser um humilde cozinheiro! E acredite você escolheu bem! Ao menos sua comida é boa!

Hunk tenta falar mais, mas bronthodox o interrompe nonsensicalmente. Talvez ainda sob efeito dos incensos (ou era o álcool consumido pelo jogador). Hunk girou os calcanhares para sair, mas Kenor o deteve, estimulando a confrontar seus medos e o assustador chefe. Ele precisava ser o herói agora.

- Não gostou do que eu falei, Cantineiro? – insiste Carnivus. – Faça algo a respeito!

Hunk baixa o semblante com os olhos fechados, como se concentrado.

- Vamos! – o rei quase o empurra. – Faça ALGUMA COISA a respeito!

- Eu já o fiz. – Hunk fala.

Gritos. Confusão. Algo acontecia no exterior. M soldado vem correndo dizendo que a cúpula caiu! Felis qard não estava mais oculta. Algo tinha acontecido com o leão.

- Eu quem pediu ao Leão que a redoma fosse desfeita. – fala Hank. – Eu sou Hunk, do clã Sacerdótico. Paladino do Leão Amarelo, e os forasteiros são MEUS convidados!

Uma armadura se materializa sobre as roupas do Paladino.

Hunk diz que o Leão ainda protegerá Felis Qard, mas não vai mais ocultá-la do mundo. Que os Catfolks deveriam se juntar ao resto do mundo como Bronthodox disse.

Chefe Carnivus fica pasmo com aquela ousadia por alguns segundos, e enfim gargalha. Pega paternalmente os ombros do paladino. Sempre quis que Hunk assumisse seu lugar como defensor de Felis Qard. E que aquela confusão toda valeu a pena, agora que a cidade tinha outro herói.

Paw quem apontou que não fazia mais sentido manter prisioneiros perpétuos. Pois o objetivo era manter a localização oculta, coisa que não era mais possível sem o ocultamento.

Carnivus concorda, mas ainda não estava feliz com aqueles estranhos em seu lar. Ordena que saiam livres, e levem a “princesinha”. Só alerta Brontho antes de ir: Randor não foi convencido por Filler, mas já possui uma imagem de você.

Nas escadarias do castelo, Alura abraça Hunk e Kenor. O Paladino diz que ele precisaria assumir suas novas responsabilidades, e não iria com o grupo. Mas recomenda que não demorem. Carnivus poderia mudar de ideia. Belial é restaurado e o grupo parte pelos portões da cidade.

Fim da Aventura

Já no deserto, eles conversavam sobre aquele estranho e orgulhoso povo. Como era triste que eles ainda traziam tanta desconfiança, mas havia futuro para a paz.

 

Alura quem percebe primeiro. Coça o nariz e esfrega o olho. – Vocês trouxeram daquele incenso de sonolência?

Todos negam

A sacerdotisa percebe então que era diferente. Era grosseiro... Maligno... E cai no sono.

Turco apaga quase que instantaneamente. Mesmo Kenor e Bronthodox sentem suas forças esvaírem em um sono. Mantém a consciência para ver Belial, o único imune àquele potentíssimo gás do sono, sendo o único entre o grupo e três vilões que surgem para capturar os heróis.


Referência:

He-man MOTU Clássico: “O Gato e a Aranha” – Rei Paw (traduzido como “rei patas”) & Kitrina

https://www.youtube.com/watch?v=w6JClCCfqD0

He-man 200x - Rei Carnivus

https://www.youtube.com/watch?v=qNnkajL-8B4