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13 de novembro de 2022

CRÔNICAS DO CASTELO INVISÍVEL 01

 

INTRODUÇÃO

O conclave criminoso chamado “Castelo Invisível” é daquelas organizações megalomaníacas de destruição do mundo cujos motivos são desconhecidos, os recursos são infinitos mas completamente inrastreáveis. Mesmo assim, em momentos críticos eles perdem para jovens aventureiros irrealmente abaixo de seu nível de desafio. E nem por suas dedicações: parece simplesmente que, embora se ocultem dos grandes reinos, ordens cavalarescas e negócios dos poderosos heróis do mundo, sempre esses incautos tropeçam em seus esquemas.

Não que eles não estejam à par: os solados mais rasos da Ordem foram projetados para conter todo e qualquer talento que o grupo tenha ou venha a desenvolver, tal qual uma organização onisciente deveria. Mas, sempre algo livram os heróis apesar da absurda desvantagem. E nem é pela dedicação deles ao combate dos malfeitores... mas sempre é como se um deus saísse da máquina e eles vivessem para mais um dia. Sim, uma vez eles tinham um deus aprisionado em uma máquina! Não é figura de linguagem.

Comecemos com a primeira vez que o Castelo Invisível ganhou um... Castelo Invisível.

PARTE I

 

Hograzul, o Capataz, mostrava ao seu Superior a obra. Muralhas góticas com passarelas em rococó protegendo uma caserna e a entrada do Subterrâneo onde o Deus dos Elfos estava preso em uma máquina.

Hograuz orienta seu mestre a se afasta lentamente do pórtico e das muralhas. Com pouco mais de nove metros entre eles e as paredes, a magia começava a acontecer. As paredes ficavam invisível ao observador externo. Poucos passos depois, Tudo o que eles viam era um grande descampado, onde a Fortaleza deveria estar.

- Fabuloso! – exclama sinceramente o mestre. - Como conseguiu isso?

- Com nossos recursos, Mestre! – fala o capataz orgulhoso.

- Falo sério. – o Mestre começa a ponderar. – Estamos a menos de um dia da capital, com patrulhas em todos os cantos. Como vocês fizeram tal obra sem levantar suspeitas?

- 0 Castelo Invisível possui seus meios.

- Mas... E os Arcanos? Um paredão de invisibilidade desse tamanho deve acender qualquer sentido mágico! E há criaturas que conseguem ver o Invisível... e nós estamos a alcance visual da maior estrada comercial da...

- Este escudo é inrastreável, mestre! – tranquiliza Hograzul. – Mesmo se o Deus da Adivinhação investigasse, ele não acharia nada. Eu até desafiaria ele a tentar, se não estivesse preso na máquina da nossa masmorra 321 Leste.

- Vou acreditar que esteja certo, Capataz... – o mestre ainda estava desconfortável. – Imagino que isto foi tão ... Custoso, que seria mais barato libertar o segredo que este Castelo está escond...

Algo interrompe o Comandante. Um animal voador cai entre ele e o capataz com uma flecha trespassando-o.

- O que é isso? – pergunta ele.

- Precaução. – Informa o Capataz. – Aqueles aventureiros de segundo nível que esbarram em nossos planos começaram a usar familiares voadores para investigar as áreas. Se tentar algo assim aqui, nossos autômatos na muralha do castelo os abaterão com flechas. Prejuízo de 10 Moedas de Ouro para criar novo familiar, que fará falta a eles.

- Os Familiares são capazes de ver o Castelo?

- De forma alguma.

- Mas se alguém invisível ataca, se revela! Você estaria revelando sua posição, enquanto poderiam deixar eles olharem a esmo, não acharem nada, e irem embora!

- Mas nos SUBORNAMOS uma "entidade". Nossos ataques invisíveis não seguem as regras!

- ...Sério que você não vê NENHUM problema neste curso de ação?

- Confie, Meu mestre! – gargalha Hograzul. – Estamos intocáveis e daremos prejuízo aos intrometidos como só uma onipotente e onisciente organização como nós podemos!

...

Uma semana depois, seguindo as pistas que caíram no seu colo, os Heróis alcançam aquele vasto descampado.

Olham ao redor. O Ranger comenta:

- É... é impressão minha ou as CARCAÇAS daqueles animais desenham a silhueta de um castelo invisível no chão?

PARTE II

 

2 semanas atrás...

Aventureiros de nível 1 precisam passar pela porta em um beco. Há um guarda, que não os viu.

- Eu tenho um plano... – sussurra o Ranger. – Vou jogar uma pedra do outro lado. Ele vai investigar, nós entramos enquanto ele investiga.

Assim é feito, mas ao ouvir o som de uma pedrinha no beco, o sentinela DISPARA TODOS OS ALARMES DA DUNGEON. Os heróis precisam lutar com o guarda e os reforços para conseguir seu primeiro objetivo...

 

1 semana atrás...

Aventureiros de nível 2, após os apuros da semana anterior, aprenderam a ser mais sofisticados. Andando pelos corredores escuros dos esgotos da cidade que esconde uma cripta/Entreposto da organização “Castelo Invisível”, percebem dois sentinelas fazendo patrulha, só um deles com tocha.

Os sentinelas, humanos normais, dependiam de luz para enxergar. Os heróis não, graças a seus traços raciais semi-humanos e treinamentos “avançados”. Se tivessem ação surpresa, eliminariam os dois sem disparar todos os alarmes da Dungeon.

Para melhorar suas chances, o Mago usa de sua magia sutil para apagar a tocha com um vento silencioso. O tempo par reacendê-la seria o bastante para reposicionar-se e fazer o ataque coordenado...

... Mas para os sentinelas, só UMA coisa significaria uma tocha apagando:

INVASÃO! os sentinelas DISPARAM TODOS OS ALARMES DA CRIPTA. Os heróis precisam lutar para conseguir seu Segundo objetivo...

 

Hoje, fim de tarde...

Os heróis sobreviventes, Agora de terceiro nível, encontram o Castelo Invisível graças à carcaça dos animais. Seus instintos – tal qual um pomposo e medíocre descritor em um plano superior – apontam possibilidades de acesso e supostos graus de dificuldade, possíveis testes, e flerta com a possibilidade de não serem percebidos, se os talentosos heróis tomassem “decisões corretas”.

Mas com a experiência vem a sabedoria, e outro rumo de ação é tomado:

...

Na madrugada, o som de um grilo é ouvido na muralha norte. O sentinela DISPARA TODOS OS ALARMES DO CASTELO!

- OUTRA VEZ!?! – protesta Hograzul, o Capataz, mandando todos os acólitos e mortos vivos revirarem cada canto da fortaleza. – É a Vigésima vez! São TRÊS HORAS DA MANHÃ!

- Eu juro que ouvi um grilo no mato, Senhor Capataz! – justifica o Sentinela. – E acho que também ví uma sombra quando uma nuvem passou na frente da lua!

- O Sacerdote de Sangue teve uma síncope nervosa com todas essas emergências! – urra o capataz furioso. – É bom que sejam aqueles heróis tentando invadir nossa fortaleza usando criatividade, senão eu mato os cultistas EU MESMO!

No extremo oposto do descampado, ao alcance de um truque de ventriloquia, os heróis dividiam uma bota de vinho, gargalhando das movimentações erradicas.

- Já usamos o grilo três vezes... – questiona o mago. - O que usaremos depois?

- Já sei! – O Ranger se anima com sua própria idéia. – Vamos atirar... Uma pedrinha!

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